O ano de 2017 é o ano em que se finaliza o Projeto Cerrado-Jalapão, cooperação técnica entre Brasil e Alemanha, por meio do Governo do Tocantins e a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), em execução no Estado desde 2012. Além da execução de ações já planejadas e a continuidade do Manejo Integrado do Fogo (MIF), para este ano estão previstas no Plano Operacional Anual (POA) da GIZ duas ações principais, com investimento de R$ 120 mil, financiado pela cooperação técnica da agência alemã.
Entre estas ações está a contratação de consultoria para realização de estudo de viabilidade da criação de um curso permanente de Pós-Graduação voltado especificamente para o MIF, em parceria com a Universidade Federal do Tocantins (UFT), campus de Gurupi. “A ideia é analisar se a UFT tem estrutura para a manutenção permanente deste curso, que seria uma espécie de legado que o Projeto deixaria para o Tocantins”, ressaltou o diretor de Instrumentos de Gestão Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Rubens Brito.
Outra ação trata do aporte financeiro para a realização de pesquisas de mapa combustível pela UFT/Gurupi, por meio do Centro de Monitoramento Ambiental e Manejo do Fogo, implantado em parceria entre a universidade e a Semarh. “Essa pesquisa tem como foco a análise da fitofisionomia do cerrado, levando em conta a perda da biomassa da vegetação de acordo com as áreas queimadas, para mensuração da emissão de gases de efeito estufa que são poluentes para a atmosfera”, destacou Rubens.
De acordo com o cronograma debatido em reunião na Semarh nesta sexta-feira, 10, outras ações que devem ser executadas em 2017 envolvem os demais órgãos parceiros do Projeto Cerrado-Jalapão, que são o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), o Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), o Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidades (ICMBio) e o Ibama/Prevfogo. Treinamentos para os técnicos dos órgãos, capacitações para multiplicadores do MIF e cursos para brigadistas, moradores do corredor do Jalapão e até mesmo para proprietários rurais assentados sobre a queima controlada estão entre as atividades previstas para este ano.
Cerrado-Jalapão
O Projeto Cerrado-Jalapão prevê uma série de atividades visando não somente o combate às queimadas e incêndios florestais, mas também aumentar a integração de ações relacionadas, como planejamento do manejo do fogo, educação ambiental, alternativas ao uso do fogo, pesquisa sobre seus impactos na biodiversidade e clima, monitoramento de desmatamento e fortalecimento da gestão das unidades por meio de conselhos consultivos e capacitações.