A privatização da Celg D, distribuidora de energia elétrica do Estado de Goiás, foi formalizada na tarde desta terça-feira, 14, em Goiânia. A cerimônia de assinatura do contrato de aquisição do controle acionário da empresa pela italiana Enel Brasil S.A. foi realizada no Palácio Ludovico Teixeira com a presença do governador de Goiás, Marconi Perillo, e dos executivos da Enel Lívio Gallo e Carlos Zorzoli. Também participou do evento o superintendente da área de desestatização do BNDES, Rodolfo Torres dos Santos.
O processo de privatização da Celg D começou em maio de 2015, quando a companhia foi incluída no Programa Nacional de Desestatização (PND). O leilão, realizado no dia 30 de novembro de 2016 na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F), foi vencido pela Enel Brasil com uma oferta de R$ 2,187 bilhões, que representou um ágio de 28% sobre o preço mínimo de R$ 1,708 bilhão. O BNDES foi responsável pela contratação dos serviços técnicos para a concretização da desestatização e prestou apoio técnico ao Ministério de Minas e Energia durante todo o processo. O Banco contratou a International Finance Corporation (IFC), do Grupo Banco Mundial, para estruturar a operação.
A Enel Brasil arrematou aproximadamente 94,8% do capital social da Celg D que pertenciam à Eletrobras e ao governo de Goiás. A última etapa do processo de privatização será a oferta de 5,09% das ações aos funcionários e aposentados da distribuidora. O novo controlador assumiu a obrigação de adquirir eventuais sobras.
Com a compra da Celg, a base de clientes da multinacional Enel no Brasil será ampliada dos atuais sete milhões para 10 milhões. A empresa já atuava no Ceará e no Rio de Janeiro, somando 250 municípios. Agora, será responsável também pelo atendimento de 237 municípios goianos. Durante a cerimônia, os representantes da Enel informaram que a nova gestão da Celg D vai priorizar investimentos na melhoria do atendimento e a expansão da cobertura de distribuição de energia, inclusive de fontes alternativas.