Principal agente financeiro da Região Amazônica, o Banco da Amazônia, nos últimos cinco anos (2012 a 2016), registrou o valor de R$ 23,5 bilhões em contratações com crédito de fomento e comercial, incluindo o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), em cerca de 210 mil operações. Somente em 2016, o Banco terminou o exercício contratando mais de R$ 2,79 bilhões (todas as fontes) em aproximadamente 20 mil operações. Esse número integra a divulgação do Desempenho Financeiro da Instituição em 2016 que foi apresentada na última quinta-feira (2), durante coletiva realizada na sede do Banco, oportunidade em que a Instituição confirmou sua posição de destaque na concessão de crédito na Amazônia Legal. Respondendo atualmente por mais de 64% do crédito de fomento aplicado na Região Norte, o Banco figura como maior propulsor de negócios de fomento na Amazônia (Banco Central do Brasil - Relatório disponível base outubro/2016).
Segundo o presidente e empregado de carreira do Banco, Marivaldo Melo, o volume de crédito aplicado potencializa os efeitos multiplicadores da economia, elevando o PIB, o nível dos salários, a arrecadação de tributos e a geração de novos empregos na Amazônia. “Isto mostra o nosso compromisso com a Amazônia e o seu povo”, destaca Marivaldo.
De acordo com o balanço publicado, o Banco encerrou o exercício de 2016 com Patrimônio Líquido de R$ 1,95 bilhão, superior em 1,8% em relação a 2015 (R$ 1,92 bilhão). A rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido atingiu 6,79% em 2016. O lucro líquido da empresa fechou no valor de R$ 130,6 milhões.
Os números apresentados foram considerados bons pelo Banco, principalmente por conta do cenário econômico adverso enfrentado pelo mundo e pelo Brasil ao longo de 2016. Todos os bancos sofreram com o crescimento da inadimplência e com o número de empresas que entraram em recuperação judicial. “Diante da instabilidade da economia mundial, bem como no país, tivemos que inovar e adotar medidas para buscar os melhores resultados sem comprometer o atendimento integral dos nossos clientes. Acreditamos que, em 2017, teremos um cenário muito melhor e estamos otimistas de que a Amazônia continuará forte e mais desenvolvida com as políticas públicas que estão sendo planejadas para a região”, explica o presidente.
Algumas estratégias foram determinantes para a atuação favorável do banco, como o processo de centralização de crédito por meio da criação das Centrais Regionais, sendo que a primeira já foi inaugurada no estado do Acre. Com essa estratégia, já adotada por grandes players do mercado, o Banco da Amazônia espera obter melhoria nos processos de originação, análise, concessão, acompanhamento e recuperação de crédito, tornado mais eficiente e ágil todo o processo. Outra ação que merece destaque foi a atuação do banco no fomento ao agronegócio. Segundo o presidente, somente em 2016, a Instituição financiou R$ 1,6 bilhão em projetos como produção de grãos na área da agricultura e no segmento de carnes, leite e derivados. Para 2017, o banco priorizará projetos que garantam a sustentabilidade ambiental e econômica, além da aplicação de inovação tecnológica nos projetos.
Durante o ano de 2016, o Banco da Amazônia intensificou o trabalho com foco na recuperação de crédito, recuperando um volume de R$ 136 milhões.
O diretor de Controle e Risco, Luís Petrônio, também ressaltou o resultado positivo da Instituição, apesar do cenário econômico adverso. Ele registrou que o Banco atendeu, rigorosamente, todas as regulamentações vigentes e destacou a atuação da Instituição no que se refere ao fortalecimento da Governança Corporativa e dos Controles Internos. Embora 2016 tenha sido um ano de muitos ajustes internos, aprimorando produtos e processos, o banco se fortaleceu e cumpriu com seu importante papel na Amazônia, enfatizou Petrônio. “Reduzimos nossas Despesas Administrativas e alcançamos no exercício um resultado dentro do que foi possível”, destacou.
O diretor de Infraestrutura do Negócio, Valdecir Tose, explicou os investimentos na área de tecnologia e a modernização tecnológica pela qual passou o Banco. Para 2017, o grande desafio será permitir aos empreendedores acessarem o fomento na plataforma digital. “Esse é um avanço significativo onde o Banco está modificando toda a sua plataforma. Leva certo tempo, mas já avançamos bastante. Num prazo de dois meses, o empreendedor poderá fazer inclusive a simulação de parcelamento do FNO”, comentou. O Banco da Amazônia investiu mais de R$ 72 milhões em tecnologia, representando uma elevação de mais de 100% em relação ao ano anterior (R$ 34 milhões).
O diretor de Análise e Reestruturação de ativos do Banco, Francimar Maciel, falou sobre a parceria do Banco com a empresa Terras APP Solutions para desenvolver aplicativos de análise e monitoramento de propriedades rurais com o uso de sensoriamento remoto, permitindo melhorar o gerenciamento de riscos socioambientais nas operações de crédito rural na Amazônia.
Por meio de internet e em um ambiente seguro e ágil, o Terras Crédito permite ao proponente ao crédito rural organizar as informações para elaborar uma proposta de crédito, incluindo informações de cadastro pessoal, da propriedade e informações geoespaciais da área a ser financiada. O aplicativo permite, ainda, capturar e registrar coordenadas geodésicas dos empreendimentos financiados, cadastrar informações do produtor rural, analisar o Cadastro Ambiental Rural (CAR) das propriedades, conduzir o monitoramento de mudanças de cobertura do solo com imagens de satélites e avaliar as conformidades socioambientais de empreendimentos rurais, a partir de consultas aos bancos de dados de órgãos oficiais. Este aplicativo entrará em vigor no mês de junho de 2017, beneficiando os clientes do Banco.
Em seguida, o diretor comercial, Luiz Sampaio, abordou as diversas iniciativas que a Instituição tem realizado para ampliar o relacionamento com os clientes tanto internos como externos, realização de encontros negociais com várias entidades estaduais, municipais, associações e federações. “Estamos indo para a rua para conseguir novos clientes e nossa meta é atingir todos os municípios. Já começamos muito bem 2017, percorrendo os Estados da Região Norte”, comentou.
O diretor de Gestão de Recursos da Instituição, Luiz Otávio Maciel, destacou os avanços alcançados na área de pessoal, com investimentos em capacitação e no novo modelo de gestão de pessoas. “Sabemos que precisamos qualificar ainda mais os nossos colaboradores, diante dos desafios e da modernização do Banco”, destacou.
Impacto na economia brasileira e regional
A performance apresentada traz impactos diretos sobre a economia do país e da região. Entre os benefícios socioeconômicos gerados pelo FNO em 2016 destacam-se os efeitos sobre o Produto Interno Bruto (PIB), com injeção de valores na ordem de R$ 11,8 bilhões; sobre o Valor Bruto da Produção (VBP) – tudo que foi produzido pela indústria, comércio e demais setores da economia –, com cifras de R$ 23,05 bilhões. Sobre os tributos, com valores que alcançaram os R$ 3,2 bilhões; e sobre os salários, com aporte de R$ 2,2 bilhões. O desempenho também impactou a geração de emprego na região. Os empreendimentos incentivados com os créditos de fomento e comercial disponíveis colaboraram para a geração e/ou manutenção de 388 mil postos de trabalho.
Com relação aos Ativos Totais, o Banco encerrou o exercício de 2016 com o montante de R.174,3 milhões, representando um crescimento de 17,3% com relação ao ano de 2015 (R.083,1 milhões). Esse crescimento foi motivado pelas Aplicações Interfinanceiras de Liquidez e pelo aumento de 16,4% de Títulos e Valores Mobiliários, os quais representam 49,7% do total do ativo (R.042,3 milhões). A Carteira de Crédito participa com 34,9% dos ativos totais (R.945,4 milhões).
Os ativos totais do FNO cresceram 12,1% em relação a 2015, e a carteira de crédito 4,9%. O crédito representa 86,6% dos ativos totais e está composto por operações de risco compartilhado (94,4%) e risco integral do Fundo (5,6%).
Banco aplicará mais de R$ 7,9 bilhões na Amazônia em 2017
Para 2017, o Banco da Amazônia planeja aplicar mais de R$ 7,9 bilhões para promoção do desenvolvimento integrado e sustentável da Região Amazônica e, ao mesmo tempo, reduzir as desigualdades intra e inter-regionais, propiciando a melhoria da qualidade de vida das populações locais. Só de recursos de fomento, serão mais de R$ 6 bilhões, sendo que de FNO, o Banco tem disponível R$ 4,6 bilhões.
Confira a seguir a previsão de investimentos do Banco para a Amazônia:
Fonte |
R$ Milhões |
I. Recursos de Fomento |
5.439,73 |
FNO (Fundo Constitucional de Financiamento do Norte) |
4.600,00 |
FDA (Fundo de Desenvolvimento da Amazônia) |
100,00 |
FMM (Fundo da Marinha Mercante) |
100,00 |
OGU (Orçamento Geral da União) |
10,00 |
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) |
200,00 |
Recursos Próprios do Banco |
429,73 |
II. Recursos da Carteira de Crédito Comercial |
2.500,00 |
Total |
7.939,73 |