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Polí­cia

A Federação das Associações de Praças Militares do Estado do Tocantins (FASPRA-TO) repudiou os procedimentos que foram empregados para o cumprimento de mandado de prisão, referente à Operação ‘Fructus Putres” deflagrada pela Polícia Civil e Ministério Público Estadual, contra um capitão e um sargento da Polícia Militar no 8º BPM, com sede em Paraíso do Tocantins, na tarde da última terça-feira, 18.

Segundo a Faspra, a maneira com que os agentes executaram o mandado de prisão contra os policiais militares foi desrespeitosa e desmedida. Ainda segundo a federação, o quartel foi “invadido” sem qualquer comunicação prévia com o comandante geral da PMTO, com o comandante do batalhão ou com os militares pertencentes à unidade, os quais seriam, segundo a Faspra, o pessoal mais adequado para que, junto com o corregedor geral, acompanhasse o promotor no cumprimento do respectivo mandado.

A Faspra informa que, além de “simplesmente ignorarem todos os quesitos que permeiam a ideologia de integração entre as forças de Segurança Pública, os agentes tomaram uma atitude irracional que só colabora para dividir ainda mais os membros da Segurança Pública”, afirma em nota.

A Federação lembrou que, um exemplo das “trágicas consequências do sectarismo entre as polícias no Tocantins” foi a operação na qual o Sargento Fraga teve a vida ceifada, em novembro de 2015 na comarca de Pindorama-TO, ocasião em que a Polícia Militar não foi informada sobre uma operação realizada pela Polícia Federal no município. “A mesma falta de respeito, motivada pelo exagero de vaidade, se repete agora no cumprimento de um mandado de prisão sobre o qual, com certeza, a instituição não se oporia em cumprir”, informa a Faspra.

Segundo a Faspra, o acúmulo de repetidos atos denotando o desdém das demais forças de segurança contra a Polícia Militar, vem ocasionando uma divisão dos membros da segurança pública e uma total indignação e desmotivação por parte dos militares do Estado do Tocantins, em especial os militares de Paraíso e região. “Infelizmente percebemos que a integração da segurança, de fato, só existe no discurso. Se realmente houvesse integração, união e pensamento estratégico conjunto na segurança pública o Sargento Fraga estaria vivo”, a firma a Federação.

A Associação dos Militares de Paraíso e Região (ASMIPAR) e todas as demais associações de militares vinculadas à Faspra irão averiguar de perto o procedimento realizado durante o cumprimento do mandado de prisão e contatar os órgãos competentes para denunciar os abusos às prerrogativas dos militares. 

A Faspra comunica ainda que as assessorias jurídicas das entidades estão à disposição dos policiais militares alvos do procedimento que, segundo a federação, foi “desproporcional e constrangedor”.