Com um total de 15.240 abordagens a condutores de carros de passeio e, principalmente, a caminhoneiros nas rodovias estaduais o Governo do Estado e a Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto) encerram as ações do Movimento Maio Amarelo #MinhaEscolhaFazADiferança neste ano.
Estão inclusos nesse total 1.050 atendimentos à saúde do caminhoneiro com a realização de verificação do índice de glicemia, aferição de pressão arterial, verificação de sobrepeso por meio de pesagem e cálculo de índice de massa corporal (IMC).
O encerramento do Maio Amarelo aconteceu nos dias 29 e 30, em Araguaína na TO-222 e TO-336 em Couto Magalhães, respectivamente, com a realização de blitze educativas. No Tocantins as blitze foram realizadas nas rodovias que registraram maior número de acidentes com vítimas fatais. São elas TO-050, TO-255, TO-040, TO-070, TO-222 e TO-336.
Para o motorista Welington Cavalcante Teles, 45, a iniciativa do movimento é válida, mas nem mesmo multas resolverão o problema. Segundo ele, “multar não é suficiente para mudar a cultura e o padrão de comportamento do condutor brasileiro. Isso porque quem tem dinheiro paga a multa e continua a cometer as mesmas infrações no trânsito, seja nas rodovias ou nas cidades”, declarou. Para ele a lei tem que ser mais rígida, “cometeu infração no trânsito tem que ser preso por um tempo relativo à gravidade da infração cometida”, disse.
“É uma ótima iniciativa educar o povo que anda muito estressado e passando dos limites. Especialmente em época de férias que muitos viajam para as praias com a família. Muitos bebem e depois pegam a direção, podendo causar danos aos próprios familiares e aos demais usuários da rodovia”, disse Nides Araújo da Silva Pereira, condutora da F4.000 que transportava gado quando foi parada na blitz na TO-222.
De acordo com o condutor de uma carreta, parada na blitz na TO-336, em Couto Magalhães, que vinha de Paraopebas (PA) com destino a Itapeva (SP), Gilmar Pimentel Santana, 54, “o problema no trânsito do Brasil não será solucionado com educação ou punição com valores altos. Tem que haver punição mais severa e mais fiscalização para que todos cumpram a lei. É preciso achar um jeito de “amarrar” essa fiscalização de forma que não possa haver propinas. Hoje o país está podre. A corrupção não acontece só lá no governo em Brasília ou na Petrobrás. Ela acontece nas estradas, nas escolas, nas empresas privadas, em todo lugar”, finalizou Gilmar Santana.
No Tocantins as blitze do Movimento Maio Amarelo foram operações conjuntas com o Batahão da Polícia Militar Rodoviário e de Divisas (BPMRED), Serviço Social do Transporte (Sest) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat).