Com o objetivo de dar visibilidade à luta das mulheres negras no combate ao racismo, o núcleo Lélia González da Marcha Mundial das Mulheres vai realizar o “Julho das Pretas” entre o dia 21 e 25 de julho. O evento idealizado em alusão ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, celebrado no dia 25 de agosto, consiste na realização de atividades que discutem e reivindicam pautas do feminismo negro.
Segundo dados do IPEA (2014), as mulheres negras são maioria entre as trabalhadoras do lar (61,7%), além disso possuem dificuldade de conseguir emprego formal e/ou ingressar no ensino superior. Possuem ainda menores salários (em média R$ 436,00), quando comparado com homens brancos (em média R$ 1.278,00) e mulheres brancas (em média R$ 747,00). Dados mais recente do Atlas da Violência, divulgado pelo IPEA (2017), apontam ainda um aumento de 54,8% para 65,3% no índice de negras que vítimas de agressão.
A desvalorização no mercado de trabalho, a ocorrência de violência obstétrica e a incidência de feminicídios de mulheres negras em razão de racismo e sexismo, serão pontos debatidos no evento.
Programação
21 de julho, 14h30 - Reunião na Reitoria da UFT
ð Solicitar a criação de observatório estadual de pesquisas sobre violência contra a mulher, entre outras temáticas que interseccionem gênero e raça.
ð Entregar documento do movimento de mulheres negras pautando ainda a criação do Núcleo de Pesquisas e Estudos Afro-brasileiros no campus Palmas.
22 de julho, 18h - Roda de conversa sobre feminismo negro no Ginásio Airton Senna
ð + apresentações culturais: pocket show, hip hop, e recital de poesias
25 de julho, 8h - Reunião no Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (COMPIR)
ð Discutir a situação da mulher negra em Palmas
ð Entregar carta de reivindicações das mulheres negras
ð Solicitar Audiência Pública na Câmara de Vereadores para inclusão de orçamento e políticas públicas para as mulheres negras.