Com predomínio de temperatura beirando os 40ºC, a semana promete ser quente em Palmas/TO, o que dispara o alerta quanto as cuidados com a saúde. E haja sombra e água fresca para tanto calor. De acordo com dados do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/Inpe), a temperatura máxima prevista para segunda-feira, 14, foi de 41ºC, com chance zero de chuva e umidade relativa do ar em 28%. Para quarta-feira, 16, o cenário não deve mudar muito. A temperatura máxima prevista é de 38ºC e umidade relativa do ar é de 27%.
De acordo com o Clima Tempo, na última sexta-feira, 11, Palmas inaugurou o Clube das Quarentonas, que inclui as capitais brasileiras que alcançam ou ultrapassam os 40ºC, tendo como figuras recorrentes Cuiabá (MT), Teresina (PI) e Rio de Janeiro (RJ).
Com a baixa umidade do ar e o calor excessivo, o corpo padece e sente as consequências diretas. Os cuidados com a saúde devem ser redobrados e a hidratação do corpo e umidificação de ambientes devem ser prioridade, pois isso ajuda a evitar a desidratação e diminui a chance de doenças respiratórias, irritação nos olhos, nariz, garganta, pele, além de dores de cabeça.
Umidade em baixa
A umidade do ar está diz respeito à quantidade de água existente o ar na forma de vapor. Influencia na temperatura, no regime de chuvas e sensação térmica. De acordo com informações da Defesa Civil Municipal, Palmas está em Estado de Atenção, quando a umidade fica entre 20 e 30%. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece que índices inferiores a 60% de umidade não são adequados para a saúde humana.
A recomendação é a ingestão de líquidos e evitar praticar exercícios físicos ao ar livre em horários em que a incidência solar esteja mais forte, além de umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas, ou ainda recipientes com água. Outra recomendar é permanecer em locais protegidos do sol.
A Defesa Civil alerta que o tempo seco aumento o risco de incêndios florestais, por isso a recomendação é não atear fogo em quintas, lotes ou qualquer outra coisa que influencia no aumento da temperatura. Outro alerta feito pelo superintendente da Defesa Civil, Iranilto Sales, é de que a ocorrência de queimadas também influencia no trânsito, pois a fumaça atrapalha na visibilidade e pode ocasionar acidentes.
Segundo o meteorologista do Núcleo Estadual de Meteorologia e Recursos Hídricos (Nemet) da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), José Luiz Cabral, estação meteorológicas são responsáveis por esse monitoramento e captação de dados. “Uma grande massa de ar quente e seca predomina na região Central do País, atingindo também o Tocantins. Essa massa inibe a entrada de umidade. Esse bloqueio associado a outros fenômenos meteorológicos contribui para que o ar fique mais quente e seco”.
Cabral alerta para o fato de que as temperaturas continuam elevadas e em setembro a situação tende a piorar, devido o histórico dos últimos anos. “Em setembro são os picos de maiores temperaturas. O que já não estava bom pode piorar”, destaca.
Focos de queimadas
Dados da Defesa Civil registraram de 1º de junho a 13 de agosto, 137 focos de queimada combatidos só em Palmas. O recorde ficou com a região Sul, totalizando 51 focos. Em segundo lugar a região Central (41), logo após a Norte (30), Rural (15) e o exemplo ficou com Taquaruçu, com nenhum foco registrado.
Quanto ao Tocantins, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), aponta que de 1º de janeiro a 13 de agosto foram registrados via satélite um total de 5.809 focos de queimadas, deixa o Estado em terceiro lugar no ranking entre os estados brasileiros. O primeiro lugar ficou com o Pará (10.253), seguindo por Mato Grosso com (9.592).
No ranking estadual do INPE, levando em consideração o período de 1º de janeiro a 13 de agosto, com imagens captadas apenas por satélites (com frente de fogo com cerca de 30 m de extensão por 1 m de largura, ou maior), foram 15 focos. Na liderança está Formoso do Araguaia (720), em segundo Lagoa da Confusão (687) e em terceiro está Mateiros (417). (Com informações Secom Palmas)