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Estado

Foto: Divulgação

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A Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE/TO), por meio do NUAmac – Núcleo Aplicado de Minorias e Ações Coletivas, oficiou a 10ª Delegacia Regional de Polícia Civil, no município de Araguatins, nessa quarta-feira, 16, para prestar informações quanto ao andamento das investigações de um incêndio, supostamente criminoso, que destruiu mais de 50 barracos no Acampamento Padre Josimo, em Carrasco Bonito, na região do Bico do Papagaio, estado do Tocantins, onde viviam 80 famílias.

O coordenador do Núcleo Especializado, defensor público Sandro Ferreira, também solicitou a vinculação aos autos do inquérito policial instaurado para apurar os fatos, além de solicitar especial atenção da autoridade policial a fim de desestimular qualquer enfrentamento na região, bem como prevenir incidentes violentos.

Acampamento

O incêndio que aconteceu no último dia 14, não deixou vítimas fatais, mas algumas famílias perderam todos os seus pertences, além de uma grande quantidade de alimentos que foi queimada, pois possui seis alqueires plantados. Segundo o MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o acampamento está situado em um assentamento do Incra - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária no estado, criado na década de 90, numa região de forte disputa entre trabalhadores rurais e fazendeiros, políticos e empresários, que tentam de toda forma se apropriar da área pública.

Segundo os trabalhadores rurais, na desapropriação para criação do Projeto de Assentamento Cupim, o Incra destinou cerca de 5 mil ha, contudo, no cartório só consta a desapropriação de pouco mais de 2 mil ha, a área restante não possui título de domínio e deveria retornar ao Instituto para serem distribuídos entre outras famílias. Os integrantes do acampamento estão sofrendo pressão dos posseiros que tomaram essa terra abandonada e denunciam tensão na região há mais de dois anos.