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Palmas

Presidente do Sindicamto, José Aparecido do Nascimento

Presidente do Sindicamto, José Aparecido do Nascimento Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Presidente do Sindicamto, José Aparecido do Nascimento Presidente do Sindicamto, José Aparecido do Nascimento

A Cooperativa dos Caminhoneiros, instituição vinculada ao Sindicato dos Caminhoneiros do Estado do Tocantins (Sindcamto), reclama da falta de apoio e interesse do prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), por não atender ao pedido de um terreno para a construção da Cooperativa Social, e instalação da sede administrativa do sindicato. Conforme esclarecimentos do presidente do Sindicamto, José Aparecido do Nascimento, a solicitação do terreno foi protocolada ainda na primeira gestão de Amastha, mas até o momento não foi atendida.

Aparecido conta que na época ocorreram várias reuniões com o então secretário da prefeitura, Tiago Andrino, e assessores, que deram expectativas de que iriam atender ao pedido dentro de um prazo aceitável, porém, até o momento não aconteceu a prometida contemplação tão sonhada pela categoria.

Conforme o líder sindical, de acordo com o Parecer Técnico nº 013/2013 expedido pelo Instituto Municipal de Planejamento Urbano de Palmas (Impup), seria necessário um memorial descritivo do projeto, com as dimensões do tamanho da área a ser edificada e, se possível, o croqui de planta baixa.

A entidade atendeu naquela oportunidade, em caráter de urgência, às solicitações da prefeitura, que custaram mais de R$ 6 mil referentes ao projeto e croqui. Entretanto, segundo José Aparecido, até o momento a área não foi concedida à instituição sindical. “Esta demora nos deixa preocupados, já que existe uma disponibilidade do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC) de ajudar com os custos das edificações”, explica.

Cooperativa

A cooperativa é uma instituição social legalizada, existente em outras partes do País. Ela recebe suporte dos sindicatos e cumpre um papel social fundamental para a categoria dos caminhoneiros.

Uma das funções da cooperativa é repassar fretes aos transportadores e pequenas empresas sem ganho extra, pois funciona como um balcão de negócios, e visa a apoiar e dar melhores condições de trabalho aos caminhoneiros, favorecendo a população, que terá na ponta do consumo garantia de produtos mais baratos.

Dentre as inúmeras dificuldades vividas pelos caminhoneiros está o fato de não possuírem estrutura física (escritório), nem habilidades comerciais para captação de fretes e concorrer com atravessadores, situação que será resolvida pela cooperativa.

Além do apoio já mencionado, aos caminhoneiros, a instituição vai vender produtos de consumo diário, como pneus e outras variedades, a custo mais barato que os encontrados no mercado.

Segundo Aparecido, a cooperativa fará a intermediação do caminhoneiro e o dono do frete, proporcionando aos dois lados, segurança e garantia da qualidade do serviço prestado. “Além disso, contribuirá para que o trabalhador alcance um preço de frete mais justo, pois a cooperativa não almeja lucros. É uma instituição que cumpre importante papel social”, esclarece o presidente

Aparecido lembra que a categoria transporta alimentos, remédios, combustíveis, entre outros, atendendo as necessidades essenciais da população, sendo responsável por cerca de 80% da distribuição das riquezas brasileiras. “Devemos lembrar que esta categoria desempenha um importante papel para o desenvolvimento econômico do país. No entanto, vem amargando obstáculos, como frota sucateada, combustível caro, altos encargos e a concorrência desleal de atravessadores, por essa razão até grandes empresas bem estruturadas não estão ganhando dinheiro”.

Para os sindicatos espalhados por todo o país, que compõem um grupo formado por 70 entidades representativas do setor do transporte autônomo, esse tipo de cooperativa social é um modelo que já tem alcançado bons resultados. Desse modo, o Sindcamto aguarda a coerente posição do gestor municipal da Capital, com a destinação da área solicitada, para que a categoria construa sua sede e possa ajudar ainda mais o desenvolvimento do Tocantins e do Brasil.

O sindicato reforça, por fim, que além dos caminhoneiros os usuários do frete vêm contabilizando prejuízos por não terem uma sede da cooperativa no Estado. “Até mesmo a administração pública deixa de arrecadar recursos com a falta dessa instituição”, conclui José Aparecido.