A Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO), por meio do Núcleo Aplicado de Minorias e Ações Coletivas, oficiou a Delegacia Regional de Polícia Civil de Araguaína, na última terça-feira, 22, para prestar informações quanto ao andamento das investigações de um incêndio que destruiu a casa da assistida Bárbara Gomes, que denuncia que a ação foi criminosa com motivação transfóbica.
Também foi oficiada a Prefeitura de Araguaína sobre o atendimento ao pedido de aluguel social à vítima, solicitado pela Associação das Travestis e Transexuais do Tocantins (Atrato). Em resposta, a administração confirmou o benefício, bem como informou todos os procedimentos adotados no caso pela Fundação de Atividades Municipal Comunitária, tendo sido feita visita in loco, que verificou a situação de vulnerabilidade social da vítima, inclusive amparando-a com cesta básica de alimentos e colchão, visto a urgência e necessidade apresentada.
A casa da assistida foi incendiada na madrugada do dia 8 de agosto. A Atrato pede investigação rigorosa para identificar e punir os culpados. “Até agora não sabemos os motivos que culminaram nesse crime, mas repudiamos qualquer ato de discriminação e cobramos das autoridades uma resolução para o caso. A transfobia é um conjunto de ações que excluem e vulnerabilizam as pessoas pelo fato de serem trans, se o crime tiver sido de natureza transfóbica, como acredita Bárbara, estamos frente a um cenário de ódio bastante latente em nossa cidade é que precisa ser combatido”, desabafou o vice-presidente da Atrato, Fernando Vieira.
Doações
Segundo a Atrato, a travesti teve a casa incendiada por bandidos no setor Morada do Sol II, em Araguaína. A casa foi totalmente destruída e seus pertences roubados, por isto estão sendo coletadas roupas (veste 38), calçados (calça 39), alimentos, material de limpeza, material de construção, móveis usados e qualquer forma de ajuda.