Firmado entre a Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e Cultura (Seden) e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), o termo de cooperação técnica para a realização do censo da piscicultura do Estado foi assinado nesta quarta-feira, 6, no Memorial Coluna Prestes, em Palmas.
Além de permitir que os dados sobre a produção de pescado do Tocantins sejam atualizados, o levantamento pode ser uma importante ferramenta para atrair investidores para o setor, de acordo com o secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia Turismo e Cultura, Alexandro de Castro. “Esse mapeamento visa não só identificar o que está pronto, mas também, indicará as oportunidades existentes. E isso vai permitir a definição de programas que façam com que essa cadeia possa se tornar mais produtiva”, destacou durante a solenidade.
O presidente do Ruraltins, Pedro Dias, falou sobre o potencial do Estado para a piscicultura, da necessidade de se ter dados atualizados e do esforço conjunto entre Ruraltins, Seden, Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagro) e Empresa Braileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na realização do censo da piscicultura. “Precisamos saber onde estamos, o que somos, para quem produzimos e que tipos de insumos consumimos”, acrescentou.
Também estavam presentes na solenidade o deputado estadual Alan Barbiero, o subsecretário da Seden, Glênio Benvindo, empresários do setor, técnicos das instituições e órgãos envolvidos.
Piscicultura
Atualmente, o Tocantins ocupa a 15° posição no ranking nacional de produção de pescado. A expectativa do Governo do Estado é de que o Tocantins possa estar entre os cinco maiores produtores do País nos próximos 10 anos. O censo marca o início dessa estratégia de fortalecer o setor.
Censo
O censo vai mapear, identificar, classificar e caracterizar a produção de pescado do Tocantins, traçando o perfil dos produtores, da produção e das propriedades do Estado. O resultado do levantamento deve contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas estratégicas para o fortalecimento da piscicultura
O Ruraltins ficará responsável pela aplicação dos questionários em todo o Estado, em parceria com a Embrapa, que disponibilizará as imagens para o sensoriamento remoto. Caberá à Seden fazer a tabulação e análise dos dados coletados. Ao final, os dados devem ser publicados e disponibilizados.
A previsão é de que todo o trabalho seja concluído em seis meses. Os questionários devem ser aplicados com os piscicultores ainda este mês. O primeiro município a receber os pesquisadores do Ruraltins será Gurupi, na região sul do Estado. Devem ser realizadas entrevistas com 1500 produtores tocantinenses.
Recursos
O projeto todo terá o custo de R$ 750 mil, sendo R$ 350 mil do Fundo de Desenvolvimento Econômico, aprovado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico do Estado (CDE-TO), órgão vinculado à Seden. O valor restante será como contrapartida econômica não financeira do Ruraltins.
Manejo
Ainda durante o evento, o gerente de Arranjos Produtivos Locais da Seden, Marcondes Martins, apresentou um dispositivo giratório, projetado pela Seden e Ruraltins, para ajudar no manejo do tambaqui. O mecanismo possui dois discos giratórios, um com informações sobre a quantidade de ração a ser administrada de acordo com a quantidade de peixe e o tamanho do tangue e, outro com dados sobre o período de engorda e o peso médio a que deve chegar o peixe.