O deputado estadual Wanderlei Barbosa (SD), chamou atenção na sessão desta quarta-feira, 20, para o caso dos professores da rede municipal de Palmas. O parlamentar disse ter recebido reclamações pela maneira que os educadores estão sendo tratados na Câmara de Palmas. "Com corte de água em alguns momentos e com pedido na Justiça de reintegração de posse como se fossem invasores", afirmou.
O movimento paredista da categoria teve início dia 5 de setembro, sendo que os profissionais em greve estão acampados na Câmara desde o dia 13. Liminar concedida pelo juiz da 1ª Vara da Fazenda e Registros Públicos de Palmas, Roniclay Alves de Morais, dessa terça-feira, 19, determinou aos professores que deixem de praticar quaisquer atos atentatórios à posse, dentro da Câmara de Palmas, como ocupações ilícitas, bloqueio de entrada do prédio, armação de barracas, instalação de colchões, instrumentos musicais, caixas e alimentos estranhos ao exercício da atividade e à composição da estrutura do órgão.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet), José Roque e direção do Sintet, compareceram na Assembleia Legislativa pedir apoio. Wanderlei pediu ao presidente da Casa de Leis do Estado, Mauro Carlesse, que os receba. "Para a gente tratar dessa questão e fazer intervenção. Temos que chamar atenção do governo municipal", disse Barbosa.
Segundo Wanderlei, aproximadamente mil educadores estão fora das salas de aula. "Isso é representativo e precisa ser considerado pelo prefeito dessa cidade", frisou. Barbosa espera que o governo de Palmas, comandado pelo prefeito Carlos Amastha (PSB) seja sensível para abrir discussão com a categoria para que aconteça o fim da paralisação.
Para o deputado Alan Barbiero (PSB), o diálogo tem que ser estabelecido dos dois lados - Educadores e Gestão de Palmas. "Os professores poderiam deixar a greve e estabelecer uma mesa de diálogo", disse. Para Barbiero, a greve na Educação "é instrumento de luta equivocado".
Forzani discordam de Alan
José Roberto Forzani (PT) pediu ao presidente da Câmara, José do Lago Folha Filho, que não corte a água e luz na Casa. "Vamos ajustar com alguns deputados para que a gente possa ir lá fazer uma visita". Forzani discordou das falas de Alan. Segundo ele, os profissionais da Educação buscam diálogo com a gestão há muito tempo, e a mesma se nega a negociar. "Existem progressões que deveriam ser publicadas em 2013 e até hoje não aconteceu", disse.
Ainda de acordo com José Roberto, os trabalhadores tem direito de realizar movimento grevista. O deputado citou a fala do prefeito Amastha de que irá contratar até sexta-feira, mais de 500 profissionais. "Por motivo político, parece que vão contratar mil pessoas para substituir os grevistas. Isso é um desrespeito! Não concordamos com essas atitudes autoritárias, sem compromisso com a democracia e verdade", enfatizou.
Elenil da Penha (PMDB), direcionado ao Barbiero, disse que deve haver o mínimo de razoabilidade para um gestor. "Sugiro que vossa excelência intervenha e faça com que a gestão possa ouvi-los".
Outros deputados comentaram. Bonifácio (PR) chegou a chamar o prefeito Amastha de “truculento".