Funcionários dos setores de cozinha, higienização e lavanderia do Hospital Geral de Palmas (HGP) paralisaram as atividades de trabalho nesta quarta-feira, 25, como protesto por estarem com os salários em atraso. De acordo com eles, o atraso quanto ao pagamento chega a cinco meses, em alguns casos. O problema foi identificado em vistoria realizada pelo defensor público Arthur Luiz Pádua Marques, titular da 30ª Defensoria Pública da Saúde da Capital, pela promotora de Justiça e coordenadora da Comissão Permanente de Defesa da Saúde (Copeds) do Ministério Público Estadual (MPE), Maria Rosely Pery, e pela procuradora regional dos direitos do cidadão Carolina Rosado, do Ministério Público Federal (MPF).
No momento da vistoria foram identificados 29 funcionários na paralisação e apenas sete em atividade, que decidiram seguir no trabalho, mesmo com o pagamento em atraso. Os funcionários que protestaram pelos seus direitos são comissionados. Durante a vistoria, eles também denunciaram ameaças de demissão, falta de auxílio para transporte e de equipamento de proteção individual (EPI) para as atividades de trabalho. “Nós trabalhamos em um hospital, que recebe o tempo todo pacientes contaminados, mas não temos sequer roupa adequada para o nosso trabalho de forma a evitar a contaminação”, disse um dos servidores.
Além da falta de problema dos funcionários, foi identificada, ainda, a falta de alimentos para a produção das refeições para os pacientes e funcionários, como água potável, suco de caixinha, iogurte, entre produtos. As notas de empenho para o pagamento dos fornecedores de alimentos foram todas canceladas.
Mediação
Durante a vistoria, a direção do HGP informou que o pagamento aos servidores seria feito ainda nesta quarta-feira. Diante disso, os responsáveis pela vistoria solicitaram ao grupo o retorno às atividades de trabalho, o que prontamente foi atendido, cessando a paralisação no início da tarde de hoje.
As equipes da Defensoria Pública do Estado (DPE), MPE e MPF conversaram com os funcionários e explicaram aos servidores sobre os problemas gerados para a comunidade em virtude da paralisação, que impede o fornecimento de alimentos, material de rouparia e higienização do local, prejudicando a oferta dos serviços aos pacientes.
Foi agendada para a próxima sexta-feira, 27, uma reunião de mediação com a participação da DPE-TO, MPE, MPF, Secretaria Estadual da Saúde (Sesau) e representantes dos funcionários.