Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Saúde

Foto: Divulgação CBMTO

A manhã desta quinta-feira, 26, foi diferenciada para as crianças internadas no Hospital Infantil Público de Palmas, que tiveram um momento de felicidade proporcionado por meio do Projeto de Cinoterapia desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins. Além do Hospital Infantil, o projeto que utiliza cães para facilitar o tratamento durante o processo terapêutico, também está sendo implantado no Hospital Geral de Palmas (HGP).

Durante a visitaos bombeiros passaram pelos corredores e enfermarias do hospital infantil aproximando a Belga, uma labrador de seis anos e a Meg, uma york de sete anos, das crianças que tiveram a oportunidade de fazer carinho nas cachorrinhas, tirar fotos e até penteá-las.

Logo na entrada, a equipe encontrou Vitória Borges de 10 anos, internada desde o último domingo, 22, que aproveitou para pentear a Meg e não queria que a cadelinha fosse embora. “Ela é legal e fofa. Fiquei muito feliz“, falou à pequena que há seis meses perdeu o cachorrinho que tinha em casa.

Para a psicóloga Paloma Moura, que acompanhou a vista dos animais ao hospital infantil, na cinoterapia, os cães atuam como coterapêuticos. “Os benefícios, principalmente emocionais, são inúmeros. Essa terapia traz tranquilidade para a criança e, consequentemente, o fortalecimento da imunidade. Fortalece também o vínculo familiar e traz um pouco do ambiente de casa pra cá, então, falamos de humanização, assim como a risoterapia que aumenta o nível de serotonina do paciente”. De acordo com a psicóloga, a cinoterapia vem contribuir não somente pra humanização do tratamento, mas pra fortalecer a relação entre a criança e os próprios terapeutas, a equipe multiprofissional e todos aqueles que lidam diretamente com a criança.  

Capitão Danúbio Pereira, coordenador do projeto, explica que o projeto serve para trazer um momento de felicidade aos pacientes das unidades “Esse contato com o cão e essas visitas dos animais, acabam trazendo um momento satisfatório para essas pessoas e uma espécie de conforto e descontração dentro da unidade”. Segundo o coordenador, a cinoterapia é desenvolvida com a ajuda de parceiros que já possuem cães maiores e contribuem com a corporação. “No futuro, queremos visitar outras unidades não-hospitalares, a exemplo dos abrigos e levar um pouco de alegria para essas pessoas”, finalizou o capitão.   

Com três cachorros em casa sendo uma labrador, um pastor alemão e uma york, Twiggy Batista, bióloga, proprietária da Belga e parceira do Projeto Cinoterapia, ficou bastante emocionada ao ver a interação da sua labrador com todas as crianças. “Eu estou dividindo uma filha com outras crianças, então eu me emocionei muito, pois nunca tinha feito isso. É uma sensação muito boa e pretendo continuar participando do projeto porque isso me faz muito feliz”, disse a bióloga de 46 anos que não tem filhos, mas sempre possuiu cachorros ao longo da vida.

Zieli Rodrigues de 32 anos, que está com o filho, Ítalo dos Santos, um bebê de quatro meses, internado no hospital há 10 dias, disse ser uma maravilha a vinda dos animais. “É muito bom, pois serve para eles [crianças] se divertirem e se distraírem. Todo mundo quer ver, por isso é bom para todos”, falou a mãe.  

Cinoterapia

A Cinoterapia ou terapia facilitada por cães (TFC) é uma atividade que utiliza o cão como facilitador e tem como objetivo principal é auxiliar na reabilitação de pacientes para proporcionar um ambiente hospitalar humanizado, aproximando o paciente do seu cotidiano fora da instituição e reduzir os sintomas de estresse e ansiedade comuns nessa situação, auxiliando no combate a dor e sofrimento físico e emocional. Nos hospitais parceiros, a finalidade é tornar o período de hospitalização mais acolhedor e humanizado.