A black friday, comemorada na última sexta-feira de novembro, dia 24, é o maior evento de vendas do comércio eletrônico no Brasil, atraindo milhões de consumidores País afora. No ano passado, foram mais de dois bilhões de reais em compras. Mas o presidente da Comissão de Defesa do Consumidor no Senado Federal, senador Ataídes Oliveira (PSDB/TO), alerta: é preciso atenção redobrada para evitar problemas, especialmente nas compras online. “Há uma corrida em busca dos descontos, muitas vezes realmente vantajosos na black friday. Mas todo cuidado é pouco. O volume de reclamações também costuma ser enorme nessa época”, pondera o senador. Ele recomenda atenção especial com a propaganda enganosa, lembrando um bordão tradicional no período, segundo o qual “tudo fica pela metade do dobro”.
Comprovantes
Além de pesquisar preços, Ataídes orienta que o consumidor cheque a reputação das empresas vendedoras, para saber se elas são confiáveis. Para evitar aborrecimentos, completou o parlamentar, é importante também observar o prazo de entrega dos produtos e o valor do frete.
Outra recomendação importante do presidente da Comissão de Defesa do Consumidor é guardar comprovantes e dados da compra, para caso de troca ou de defeito do produto.
Segurança
A segurança é outro item que preocupa o parlamentar. “O ideal é evitar o envio, poremail, de dados confidenciais como CPF e endereço. Se isso for absolutamente necessário nas compras eletrônicas, o consumidor deve conferir se o endereço do site começa por http//”, explica Ataídes.
O senador destaca que os consumidores nunca devem confiar em anexos enviados com e-mails de ofertas nem fazer transações eletrônicas em lan houses ou em qualquer computador desconhecido.
Problema comum, tanto nas compras virtuais como nas compras em lojas físicas, é a cobrança de valores diferentes dos anunciados. “É bom ficar de olho aberto contra a propaganda enganosa e saber brigar por seus direitos em órgãos de defesa do consumidor, como o Procon”, diz ele.
“No mais, é aproveitar os descontos e fazer boas compras, com responsabilidade. Black friday não pode ser desculpa para ninguém ficar endividado”, conclui Ataídes.