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Polí­tica

Foto: Divulgação

O pré-candidato a governador do Tocantins pelo Partido dos Trabalhadores (PT), deputado estadual Paulo Mourão, esteve nesta quinta-feira, dia 7, juntamente com o presidente estadual da sigla, deputado estadual José Roberto Forzani e demais integrantes do Diretório Estadual, participando da reunião Ordinária do Conselho de Deliberativo dos Trabalhadores Rurais e Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Tocantins, promovida pela Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Tocantins (FETAET). 

Paulo Mourão participou do evento a convite da Fetaet que reuniu 26 sindicatos. O parlamentar que fez uma explanação sobre a conjuntura política nacional e estadual, destacando as conquistas do governo do PT e reforçando que foi o período marcado por investimentos em políticas sociais com avanços nos setores da economia e inclusão social. 

“O período em que o presidente Lula esteve à frente do governo, foi quando ocorreram os índices históricos de crescimento econômico e redução da pobreza no país. Mudanças significantes foram promovidas com destaque para a redistribuição de renda, com os programas sociais que ganharam força ao longo dos 13 anos, como o Bolsa Família que possibilitou o aumento da inclusão social e redução das desigualdades.  Houve expansão do crédito e o aumento de empregos formais e do salário mínimo que passou de R$ 200 em 2002 para R$ 510,00 em 2010”, destacou.

Valorização da classe trabalhadora

Segundo Mourão, também houve uma ascensão à classe trabalhadora com a política de valorização do salário mínimo, com aumento acima da inflação. “A valorização do salário mínimo possibilitou o aumento de renda dos trabalhadores. Houve uma enorme valorização do nível de renda das pessoas que favoreceu a formalização das relações de trabalho, que boa parte dos trabalhadores não tinha”, relembrou. 

Educação 

Na educação, o parlamentar considera que foi o período onde ocorreram maiores investimentos na área. “No governo do PT houve uma expansão do acesso à educação como parte do legado social. “Os programas como o Financiamento Estudantil (Fies), Programa Universidade para Todos (ProUni), Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), e outros possibilitaram avanços na educação. 

“Só para se ter uma ideia dos avanços, antes do governo do PT o país tinha apenas 36 universidades e 140 escolas técnicas federais. Com os governos do presidente Lula e Dilma foi ampliado o ensino superior e técnico no Brasil que proporcionaram saltos significativos com a criação de 18 universidades públicas e 282 escolas técnicas federais, três vezes a mais do que foi construído em quase um século de história do Brasil”, destacou. “Um período positivo para educação, principalmente porque as universidades deixaram de ser exclusividade das capitais e grandes centros e passaram a ser também do interior”, reforçou, lembrando que não há possibilidade de desenvolvimento se não houver investimento em educação e se não forem dadas “oportunidades iguais ao filho do pobre para estudar”. 

Reforma da previdência

O deputado criticou a reforma da previdência ressaltando que irá trazer consequências muito profundas ao trabalhador. “Sabemos que o país precisa de uma reforma na previdência, mas essa reforma precisa ser feita em discussão com a sociedade trabalhadora. Da forma como ela está sendo feita é algo não muito explicável”, lamentou. “Esta reforma está sendo arranjada a partir dos interesses das instituições financeiras que serão as maiores beneficiadas, e de um governo corrupto que não respeita a sociedade trabalhadora, que será a maior penalizada, caso seja aprovada”, afirmou. “Porque aí a aposentadoria no Brasil passará a ser uma ilusão, um alvo inatingível para a grande maioria da população”, considerou. 

Agricultura familiar 

Segundo o parlamentar, a agricultura familiar precisa de mais incentivos dos governos para a ampliação da produção.  “As pequenas propriedades precisam ter um incentivo maior, sendo estimuladas dentro de um conjunto de ações, com incentivo às novas tecnologias, incentivos fiscais, garantia de créditos, redução de tributos para fortalecer a base da economia popular”, afirmou. “É inserindo a agricultura familiar no ordenamento da produção econômica que estaremos estimulando o desenvolvimento e renda para as pessoas do campo”, garantiu. 

Crescimento da pobreza

O deputado disse que a desigualdade e a pobreza que antes eram combatidas pelo governo do PT estão voltando ao país. “As medidas de ajustes fiscais promovidas pelo atual governo, tendem a elevar ainda mais os índices de pobreza no Brasil. De 205 milhões de brasileiros nós temos 88,9 mil que são trabalhadores no Brasil. Desses 88,9 mil trabalhadores, 43% ganham abaixo do salário mínimo”, informou. 

“Dos R$ 255 bilhões que é a massa que se junta de salários de ganhos, os 10% mais ricos ganham 44% em cima desse valor, e ficam com o maior salário. E os 10% mais pobres ganham apenas 0,8%, não chega a 1%. Então você observa que é um país que está novamente aprofundando nas desigualdades. É preciso políticas de compensação. Se nós não fizermos isso o Brasil vai se estender de novo no processo de alta concentração de riqueza nas mãos dos ricos e de alta concentração da pobreza no seio da sociedade brasileira”, previu. 

Participação cidadã na política 

Mourão ainda criticou o modo como se dá a política brasileira, reforçando que a cidadania precisa se mobilizar e atuar em defesa de um projeto de desenvolvimento. “Infelizmente o Brasil ainda é um país de visão colonialista, com uma política atrasada, porque boa parte da política brasileira é feita de grupos políticos que trabalham por interesses próprios para assumirem o poder. E esses políticos quando são eleitos trabalham para aqueles que financiaram suas campanhas, que são os ricos, donos de bancos e as empresas conglomeradas de comunicação”, criticou. 

Ele acredita que para que haja mudança no país é preciso que a sociedade se organize em defesa dos princípios éticos, morais e de um projeto de desenvolvimento. “A cidadania precisa se sobrepor ao poder político, porque esse poder que aí está, já está fadigado, vencido e corrompido.  É por isso que é importante que os movimentos de formação política atuem dentro das escolas, das universidades e dos sindicatos. A formação de uma nova política é o que vai fazer a transformação do Brasil acontecer”, afirmou.