O registro da chapa “Renova Sisepe: pela moralização e direitos do servidor” esquenta as eleições do Sindicato dos Servidores Públicos do Tocantins (Sisepe) marcada para 17 de março, com urnas em Palmas, Araguaína, Gurupi, Porto Nacional e Taguatinga. A chapa é presidida pela servidora Ana Cibele Ferreira Chaves que é gestora pública e servidora de carreira da Secretaria Estadual de Cidadania e Justiça. O registro foi feito na tarde da última sexta-feira, 2, na sede do Sisepe em Palmas/TO.
De acordo com Ana Cibele, os servidores estaduais anseiam por mudanças que o atual presidente Cleiton Pinheiro não pode oferecer, visto que são mais de uma década à frente do Sisepe. “Após a decisão judicial vimos à oportunidade de montar uma chapa para concorrer ao Sisepe e garantir os direitos dos servidores que estão descontentes com a situação que encontra o sindicato, que deveria ser a casa do servidor e não está sendo”, ressalta Ana Cibele, referindo-se à decisão judicial proferida pela Justiça do Trabalho que determinou que as chapas concorrentes às eleições não fossem compostas de servidores não representados pelo Sisepe.
Para ouvir os anseios dos servidores, Ana Cibele percorreu os órgãos públicos estaduais. “Nós queríamos ver o sentimento do servidor em relação ao Sisepe e constatamos que servidor se sente abandonado neste momento e que precisa haver mudança e alternância de poder. São 12 anos com a mesma pessoa”, ressalta.
Ana Cibele afirma que a principal luta enquanto presidente será pela garantia dos direitos já conquistados. “Temos muito tempo com nosso Plano de Cargos, Carreira e Salários parado. Saiu agora uma nova tabela que a gente não viu o resultado que deveria ter sido. O servidor não está contente, ele quer mesmo que seja trabalhada junto ao governo a situação de cada servidor”, diz a candidata, garantindo que em sua gestão, o servidor estadual terá real participação nas decisões do sindicato.
Decisões Judiciais
Em dezembro do ano passado, já como pré-candidata, Ana Cibele conseguiu na Justiça do Trabalho, a garantia de que as eleições fossem disputadas por chapas compostas apenas por servidores estaduais com legítima representação do Sisepe, uma vez que atual presidente estava montando sua chapa com servidores municipais.
O juiz Francisco Rodrigues de Barros determinou então que as chapas concorrentes às eleições não fossem compostas de servidores municipais e nem de fiscais e inspetores da Adapec (Agência Tocantinense de Defesa Agropecuária), por estes servidores já serem representados por outros sindicatos que representam suas categorias que são o Sispmeto (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Estado do Tocantins) e o Sindagro-TO (Sindicato dos Profissionais de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins) respectivamente.
A eleição então ocorreria no dia 18 de janeiro. Entretanto, um dia antes, nova decisão judicial, desta vez proferida pelo juiz Pedro Nelson de Miranda Coutinho, anulou o pleito eleitoral permitindo aos interessados em concorrer às eleições os prazos legais para registro de suas candidaturas conforme o Estatuto do Sindicato. “Por duas vezes a Justiça garantiu que o processo de sucessão sindical ocorresse com lisura e transparência e não às escuras como o atual gestor pretendia”, destacou o advogado da chapa, Allander Quintino Moreschi.