Quatorze municípios do Estado irão receber reforços em ações de planejamento nas áreas referentes à saúde, à segurança e à educação. A proposta, idealizada pelo Consórcio Brasil Central, onde o Tocantins está inserido, visa reduzir índices de homicídios, mortalidade infantil, além de promover a universalização do Ensino Básico e melhorar os números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) até o ano de 2022. Posteriormente, a proposta é expandir as ações de planejamento aos demais municípios tocantinenses.
Fazem parte do Consórcio Brasil Central, os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Tocantins, Rondônia e Maranhão. De acordo com Leonardo Jayme, secretário executivo da entidade, até junho deste ano, uma empresa de consultoria responsável pelo diagnóstico dos índices no Estado estará formando a equipe de gestores, para que eles possam atuar nas ações de planejamento de redução dos índices negativos e fortalecer os tópicos positivos. “Nesse primeiro momento, identificamos estes 14 municípios com os piores indicadores destes índices. Essa consultoria vai deixar o Estado apto a fazer essa capacitação com os demais municípios que não tem hoje um indicador tão ruim, mas que pode melhorar. No final deste trabalho, as equipes dos estados estarão aptas a dar sequência por si só”, argumentou.
Ainda de acordo com o secretário executivo, estão inclusos, no grupo, as cidades de Araguaína, Araguatins, Campos Lindos, Colinas do Tocantins, Dianópolis, Formoso do Araguaia, Guaraí, Gurupi, Miracema do Tocantins, Palmas, Paraíso do Tocantins, Porto Nacional, Taguatinga e Tocantinópolis.
Trabalho Conjunto
Leonardo Jayme reforçou ainda os avanços identificados pela união daqueles estados, como por exemplo, uma economia de R$ 60 milhões na compra compartilhada entre os estados integrantes do Consórcio, de medicamentos e insumos para a saúde.
O secretário reforçou ainda que a união dos estados tem o objetivo de desenvolver as áreas de turismo, educação, desenvolvimento social, industrial, agropecuária, agricultura, fortalecendo-os nos eixos desenvolvimento econômico e na área de exportação. “Estamos fazendo um trabalho de discussão de uma política de exportação que interesse a esses estados do consórcio, que muitas vezes podem ser diferentes da política de exportação do Governo Federal e de outras regiões. O objetivo é fechar este trabalho e levar, ao Ministério das Relações Exteriores, mostrando que os interesses dos estados que compõem o Consórcio são aqueles interesses que estão identificados ali”, afirmou. Para o secretário de Estado do Planejamento e Orçamento (Seplan), David Torres, nos próximos dias, as equipes de trabalho vão traçar as estratégias de trabalho nos 14 municípios escolhidos por aqueles indicadores e posteriormente nos demais municípios. “A ideia é que, durante o Fórum Brasil Central, previsto para acontecer no próximo mês de maio, nós já tenhamos toda a estratégia definida tendo sido inclusive apresentada para os prefeitos daqueles municípios”, afirmou.
Sobre o Consórcio Brasil Central
O Distrito Federal e os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia e Maranhão formam o Brasil Central, bloco criado para promover a região na elaboração de uma estratégia conjunta de desenvolvimento.
O bloco foi criado no dia 3 de julho de 2015, durante o Fórum de Governadores do Centro-Oeste, em Goiânia, no Estado de Goiás, sendo composto pelos governadores do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg; de Mato Grosso, Pedro Taques; de Goiás, Marconi Perillo; de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja; do Tocantins, Marcelo Miranda; de Rondônia, Confúcio Moura; do Maranhão, Flávio Dino e pelo ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Roberto Mangabeira Unger.
O Brasil Central representa o coração da América do Sul. A região é caracterizada pelas elevadas taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) regional, pela pujança de suas exportações e pelo notável potencial empreendedor de sua população. O Brasil Central é a região que mais cresceu nos últimos dez anos e que apresentou a maior taxa de redução de pobreza.