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Estado

Foto: Daniel Machado

Acompanhada de funcionários de várias secretarias do Estado, a gestora pública Ana Cibele Chaves registrou em cartório no início da tarde desta quarta-feira, dia 21, compromisso de, caso assuma a presidência do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins (Sisepe-TO), acabar com a reeleição e reduzir no mínimo a metade os salários (verba de representação) dos diretores da entidade. Outras duas garantias do grupo, único de oposição a atual gestão, que também foram registradas em cartório foram a abertura de negociações com operadoras para um plano de saúde alternativo para os servidores filiados e a defesa firme e rigorosa em prol da previdência dos servidores diante dos recentes escândalos e rombos do Igeprev.

Ana Cibele Chaves é candidata à presidência do Sisepe pela Chapa 3 “Renova Sisepe”. “Lutamos e pregamos uma renovação profunda no Sisepe e ela só acontecerá, primeiro, se acabarmos com a reeleição no sindicato. O Sisepe não tem dono, é dos servidores. Ele precisa voltar a ser a casa dos servidores. E, com o fim da reeleição, quanto mais servidores participarem da vida do sindicato, melhor. São novas ideias que surgem e participação de mais gente com vontade de contribuir com a melhoria da vida dos servidores”, disse Ana Cibele.  

“Em relação à redução das verbas de representação, é outra necessidade urgente no Sisepe. O presidente atual do Sisepe, por exemplo, ganha mais de R$ 14 mil. Entendemos que a representatividade sindical carece de uma remuneração, mas esse e outros valores que apuramos estão alto demais por aquilo que nos oferecem”, complementou.

Os compromissos registrados em cartório por Ana Cibele constam no plano de gestão elaborado pela chapa que concorre à eleição para o quadriênio 2018-2022. A votação será realizada em 17 de março.

Em relação ao plano de saúde, Ana Cibele explicou que o objetivo é negociar com operadoras propostas que sejam vantajosas para o funcionalismo. “O Plansaúde deixa muito a desejar. Porém, é o que temos até agora. Não podemos esperar o fim do Plansaúde, como está sendo desenhado pelo governo. O Sisepe está inerte a isso, não faz nada de concreto para defender o servidor. Mandar ofício para lá e para cá não é uma defesa que o servidor merece, já que esse valor do Plansaúde é descontado do funcionário”, disse.

A proposta é viabilizar um outro plano via Sisepe para que o servidor tenha opção de escolha. “O que propomos? Abrir para propostas das operadoras e oferecer, via Sisepe, uma alternativa de plano de saúde para nossos filiados. Não tenho dúvida alguma que o Sisepe, pelo volume de servidores que temos filiados, tem condições de sentar com qualquer operadora e fechar um contrato que seja vantajoso para o servidor, com a contrapartida do sindicato, e que o atendimento seja eficaz, não como está hoje o Plansaúde”.

Descontentamento 

Ana Cibele falou também que em conversas com os servidores ratificou a impressão que não há na atualidade no Sisepe representantes preocupados em defender os interesses e direitos dos servidores públicos estaduais. “Prova disso é o total descontentamento da categoria, por onde andamos, ouvimos do servidor o desejo de mudanças profundas”, disse, citando o caso Igeprev.

“Como é o caso do Igeprev. Vamos ser mais do que nunca rigorosos na defesa da aposentadoria do servidor. Queremos participar, de fato e efetivamente, das discussões da aplicação dos recursos que são nossos. Não queremos, como é atualmente, que o Sisepe tenha assento em um conselho ou outro, mas não apita nada e não faz uma defesa firme dos servidores”, finalizou Ana Cibele.

A eleição para nova diretoria do Sisepe-TO está marcada para 17 de março, com urnas em Palmas, Araguaína, Gurupi, Porto Nacional e Taguatinga. Três chapas concorrem ao pleito, mas só a  chapa Renova Sisepe é a única que faz oposição a atual gestão.