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A Unidade de Terapia Intensiva será gerida pela administração municipal, contando com suporte do Estado do Tocantins e da União

A Unidade de Terapia Intensiva será gerida pela administração municipal, contando com suporte do Estado do Tocantins e da União Foto: Divulgação

Foto: Divulgação A Unidade de Terapia Intensiva será gerida pela administração municipal, contando com suporte do Estado do Tocantins e da União A Unidade de Terapia Intensiva será gerida pela administração municipal, contando com suporte do Estado do Tocantins e da União

Representantes do Ministério Público Estadual (MPE), do Conselho Municipal de Saúde, do Estado do Tocantins e do município de Araguaína participaram de audiência de conciliação na última terça-feira, 20, no Juizado Especial da Infância e Juventude de Araguaína, a fim definir detalhes sobre o custeio e operacionalização da UTI pediátrica que deve ser instalada em Araguaína, nas dependências do Hospital Municipal.

A Unidade de Terapia Intensiva será gerida pela administração municipal, contando com suporte do Estado do Tocantins e da União.

Na ocasião, o município cogitou transferir a gestão do Hospital Municipal de Araguaína para o Estado do Tocantins, tendo a Promotora de Justiça Araína Cesárea D'Alessandro dito que o município precisaria de análise e aprovação do Conselho de Saúde para efetuar a transferência.

O município também tentou atrelar a responsabilidade de gerir a UTI pediátrica à condição de que o Estado regularize as transferências financeiras de área de saúde pública que se encontram em atraso, referente a outros serviços. A possibilidade foi desconsiderada pelo juiz Herisberto e Silva Furtado Caldas.

Anteriormente, já estava definido que o Estado subsidiará a unidade com profissionais médicos especializados, além de contribuir com outros custeios. Também há recursos para a UTI pediátrica disponíveis no Fundo Municipal da Infância e Adolescência (FIA), bem como uma doação, em dinheiro, efetuada pelo Sindicato Rural de Araguaína. 

A preocupação do município de Araguaína é com o custeio do serviços, já que há uma demora para a habilitação do serviço perante o Ministério da Saúde, o que garantirá os repasses da União.

Para a fase inicial de operacionalização da UTI, o Estado sugeriu que seja utilizado o recurso disponível no FIA. A proposta será apresentada ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), que anteriormente publicou resolução favorável à aplicação prioritária dos recursos do FIA na instalação da UTI pediátrica, segundo informou a Promotora de Justiça Araína Cesárea.

Definições

Na audiência, restou definido que o município deve juntar, em 15 dias, informações referentes ao número de leitos de retaguarda no Hospital Municipal de Araguaína e aos valores que pretende utilizar do Fundo da Infância e Juventude. O Estado, por sua vez, informará a escala dos profissionais médicos que serão lotados na UTI. Os dados devem ser apresentados em nova audiência, marcada para 8 de março, com a presença do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente.

Histórico

A instalação da UTI pediátrica em Araguaína será resultado de uma Ação Civil Pública que foi ajuizada pelo MPE ainda em janeiro de 2014 e teve sentença favorável proferida em abril de 2015.

Além de atuar na esfera judicial, o MPE, juntamente com a Associação das Mães que Amam (AMA) e com a Loja Maçônica Paz e Concórdia, mobilizou a sociedade araguainense a realizar doações e a destinar parte do Imposto de Renda ao Fundo Municipal da Infância e Adolescência (FIA), com a garantia de que os recursos serão aplicados na UTI pediátrica.