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Polí­tica

Foto: Divulgação

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Diante do quadro atual do Tocantins, com insegurança jurídica, crise financeira e um jogo de interesses políticos e administrativos, o deputado estadual Paulo Mourão (PT) sugeriu ao governador Marcelo Miranda (MDB) que assuma o papel de liderança para convocar as forças políticas, todos os poderes, além dos sindicatos dos mais diversos segmentos e proponha um pacto de gestão para reestruturação do Estado. O parlamentar foi mais além, defendeu que Marcelo Miranda assuma um compromisso de não ser candidato à reeleição para apaziguar o Estado.

“É aí que estão os olhos grandes, é esta vaidade, esta eleição suplementar se brincar vai ter mais de dez candidatos a governador, qual é o incentivo e qual é a esperança que um eleitor tem de caminhar para uma urna para votar, num Estado de desequilíbrio e conflito que este Tocantins se encontra, as pessoas estão literalmente abandonadas, há fome em muitas regiões do nosso estado, desemprego, sugiro que o bom senso prevaleça”, reiterou. “O que proponho é um pacto de reconstrução do Tocantins”, reforçou.

Paulo Mourão criticou a demora da justiça em julgar o processo de cassação. “Como que o Supremo Tribunal Federal (STF) demora 3 anos e 3 meses para julgar um processo e causa um transtorno na vida social, administrativa e econômica do estado do Tocantins , um estado que vem em conflito de gestão há mais ou menos 9 anos, é muito grave o quadro que estamos vivendo”, lamentou.

O parlamentar lembrou que o Estado do Tocantins está em derrocada financeira, desestruturado, com o setor empresarial em dificuldade porque o Governo do Estado compra e não paga. “Ano passado ficou na prateleira em restos a pagar, mais de R$ 900 milhões, qual é o empresário de bom senso que hoje faz a venda ou participa de uma licitação com o governo do Estado numa insegurança jurídica dessa?”, indagou.

“Uma hora entra o presidente da Assembleia para o governo interino, no outro momento já sai, volta o outro governador eleito pelo povo, quinta-feira já se espera novamente a troca de comando, o povo não é merecedor da insegurança jurídica que está sendo provocada”, disse Mourão afirmando que não discute o mérito da decisão do STF em cassar o mandato de um governador eleito pelo povo, mas questionou se foi oportuna faltando nove meses para a conclusão do mandato do governador, e faltando seis meses para as eleições gerais do Estado.

“Minha sugestão é por uma pauta republicana, para nós ajudarmos o governo a sair do atoleiro, o governador precisa convidar todos os segmentos deste estado, sindicatos, da indústria,  comercio, serviços, todos os poderes, declarar que não e candidato a reeleição, fazer ajuste fiscal  e financeiro para equilíbrio do estado, diminuir essa beligerância política e retomarmos uma agenda republicana de reconstrução do Tocantins”, propôs. “Este estado está desmantelado, está em frangalhos, se nós não encontrarmos esse caminho de entendimento republicano nós vamos demorar mais uma década para recuperar o Tocantins”, prevê.

Conforme o parlamentar, o Tocantins perdeu uma década com cassações, renúncia de governador e eleições indiretas. “Economia nenhuma suporta uma crise destas de quase 10 anos”, observou. “isso quem sofre é povo que depende dos serviços públicos, que depende dos hospitais, que depende de segurança pública, sofre quem depende de emprego, sofre que depende do governo estadual para agricultura familiar e sua produção, sofre é a agricultura em grande escala que precisa de boas estradas, política fiscal, incentivo, precisa de governos indutores ao desenvolvimento e a geração de emprego e melhor renda ao nosso povo”, elencou Paulo Mourão.