Educadores da rede municipal de Pium, localizado a 130 km Palmas, realizaram na última segunda, 7, um ato público pelas principais ruas da cidade em protesto contra o autoritarismo do atual prefeito de Pium, Valdemir Barros (PSDB) e pela defesa e valorização da categoria. O ato seguiu até a câmara de vereadores.
Os profissionais foram às ruas denunciar os problemas enfrentados pela categoria, dentre eles a redução de salários. Na ocasião, o secretário de assuntos municipais do Sintet, Joelson Pereira usou a tribuna da câmara de vereadores de Pium para denunciar à sociedade piuense as maldades do gestor.
A categoria reivindica o fim da redução dos salários; data-base conforme o índice do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN); Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) construído com a participação dos educadores; reposição de todos os prejuízos oriundos da redução salarial; fim dos contratos desnecessários na educação; melhorias das condições de trabalho e das escolas; respeito à categoria; respeito com as pessoas em remanejo de função devido ao estado de saúde e gestão democrática dentro do âmbito da secretaria de educação.
O vice-presidente do Sintet, Iata Anderson Vilarinho e a secretária da regional de Paraíso, Fábia Gil participaram da manifestação.
No ato manifestantes pediram apoio da sociedade contra o autoritarismo do prefeito. Também foi distribuído uma Carta Aberta à comunidade explicando a situação vivenciada pelos trabalhadores da educação municipal.
Confira abaixo a carta na íntegra.
Carta Aberta à Comunidade de Pium-TO
Os Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação de Pium vêm a público manifestar indignação e revolta com a falta de compromisso e o descaso do prefeito, Valdemir Barros (PSDB)para com a nossa categoria.
Vale ressaltar, que a valorização profissional fazia parte das prioridades nos discursos do então candidatoValdemir Barros (PSDB). No entanto, quase dois anos se passaram e não há qualquer sinal de que o nosso Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) seja reconhecido. Ao contrário disso, o que se vê é uma administração cada vez mais calcada no autoritarismo, nas perseguições, na total falta de transparências e distantedas reais necessidades da educação do nosso município.
Como se não bastasse a cruel redução salarial que sofremos esse ano, o prefeito Valdemir Barros (PSDB) se utiliza das velhas práticas de enrolação e deixar o tempo passar. Sem fazer nenhum esforço a mais, ainda fechou as portas da prefeitura para as necessidades dos educadores e da educação. Contudo, além de defasar ainda mais nossos salários, ainda nos massacra com sua arrogância, seu autoritarismo e suas perseguições.
Nesse sentido, alertamos para algumas consequências desse nefasto abandono da educação, por parte do prefeito. São elas:
1. Falta de estímulo para atrair novos profissionais;
2. Escolas sem condições Dignas para desenvolver o processo de ensino e aprendizagem;
3. Categoria cada vez mais desvalorizada, mal remunerada, insatisfeita e Adoecida;
4. População carente de escolas públicas e ensino de qualidade.
Com isso, os profissionais da educação estão no limite de suas capacidades físicas e psicológicas, resultado de um profundo desgaste após décadas de dedicação sem reconhecimento. Muitos estão adoecendo ou chegando à aposentadoria sem nenhuma perspectiva de renovação desse perverso cenário.
Por fim, os profissionais em educação não vão suportar mais promessas não cumpridas e nem o autoritarismo arrogante do atual prefeito Valdemir Barros (PSDB). E é por isso, que os profissionais da educação vêm a público pedir o apoio da sociedade para reforçar as cobranças ao prefeito em uma ampla campanha pela valorização e respeito a esses profissionais, que tanto já contribuíram com o desenvolvimento desse município.
Seguem abaixo nossas reivindicações:
1. Fim da redução dos salários;
2. Data-base conforme o índice do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN);
3. Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) construído com a participação dos educadores;
4. Reposição de todos os prejuízos oriundos da redução salarial;
5. Fim dos contratos desnecessários na educação;
6. Melhorias das condições de trabalho e das escolas;
7. Respeito à categoria;
8. Respeito com as pessoas em remanejo de função devido ao estado de saúde;
9. Gestão democrática dentro do âmbito da secretaria de educação.