Com a proposta de atrair o mercado local objetivando a expansão para outros estados brasileiros, o processo de industrialização de bebidas artesanais no Tocantins começa a ganhar forma. Durante a 18ª edição da Feira Agrotecnológica do Tocantins (Agrotins 2018), tendo como tema a Agroindústria Sustentável, agricultores familiares de oito cidades tocantinenses e uma empresa da Capital estão expondo cachaça e chope artesanais.
De acordo com os produtores, inicialmente serão comercializados dois tipos de cachaça: o modelo prata, mais comum; e o envelhecido na madeira de umburana, árvore específica do bioma Caatinga e presente no sudeste tocantinense com propriedades aromáticas e balsâmicas. Segundo Rui Barbosa Costa, presidente da Cooperativa de Produtores de Cachaça do Tocantins (Coopercato), atualmente, existem 28 produtores de cachaça artesanal em oito cidades do Estado, tendo como sede da cooperativa o município de Taguatinga, no sudeste do Tocantins. “Cheguei a investir cerca de R$ 100 mil em equipamentos na montagem de um alambique, caldeira, engenho e também no armazenamento do produto. O esforço agora começa a ter retorno”, afirmou.
Cervejaria Jalapa
Com apenas três meses de lançamento, a cervejaria Jalapa conta atualmente com 20 estabelecimentos na Capital e se prepara para expandir mercado a outras quatro cidades tocantinenses (Araguaína, Gurupi, Paraíso do Tocantins e Porto Nacional). De acordo com a engenheira bioquímica Giulia Lacerda, a produção de chope artesanal em escala industrial conta inclusive com o aditivo de polpa de cajá, fruta nativa do Cerrado tocantinense. “Buscamos oferecer um produto que tenha características locais e a cajá deu um tom refrescante à bebida”, afirmou.
Agrotins
O tema da Feira é direcionado para a Agroindústria sustentável na agricultura familiar e tem como propósitos aumentar a vida útil dos alimentos, agregar valor à produção, diversificar a produção e possibilitar acesso aos novos mercados. O Tocantins possui, atualmente, 17 abatedouros de bovinos, 49 de aves, 35 beneficiadoras de produtos cárneos e derivados, 10 agroindústrias multifuncionais, dois entrepostos de ovos, todos com registros no Serviço de Inspeção Sanitária (SIM), garantindo, ao agricultor familiar, a comercialização dos alimentos nos municípios e nos estados do Brasil.