No estande da Universidade Federal do Tocantins (UFT) na Agrotins 2018, estão presentes duas soluções tecnológicas que têm como objetivo a preservação da água. Uma é voltada para a disponibilidade de água potável para famílias rurais. A outra é para que os órgãos responsáveis consigam monitorar o volume de água utilizado por produtores rurais em projetos de irrigação.
O técnico-administrativo Francisco Pereira de Souza é químico sanitarista na UFT. Ele desenvolveu sistemas de tratamento de água pensando nas famílias rurais. “São quatro sistemas com diferentes especificidades que captam água do telhado e entregam à cisterna a água tratada”, explica.
Os sistemas são próprios para agricultura familiar: assentados, comunidades indígenas e quilombolas. Exige baixo valor de investimento e manutenção, com forma de operar muito simples. “É uma tecnologia para ter água potável em casa, um problema enfrentado por 30 milhões de brasileiros”, acrescenta Pereira.
A partir de ação cautelar do Ministério Público contra os produtores irrigantes na Bacia do Formoso, o Instituto de Atenção às Cidades da UFT, formado pelos cursos de Engenharia Civil, Elétrica, Ambiental e Ciências da Computação, propôs um sistema de monitoramento das bombas de captação para irrigações. “Nosso objetivo é saber quanta água o rio tem e quanta água estava sendo retirada para irrigação”, explica o professor Fernan Vergara.
Os dados de vazão das bombas são transmitidos em tempo real. “Com isso, dá para saber se a captação está respeitando os limites determinados pelas outorgas e assim garantir uma boa gestão da água”.