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Polí­tica

O vereador Milton Neris (PP) fez uso da tribuna durante a sessão ordinária na Câmara de Palmas nesta última quarta-feira, 30, para denunciar a contratação de Marcílio Ávila e Raimundo Carlos Pereira da Silva, envolvidos em processo de falsidade ideológica.

A contratação de Ávila ocorreu no dia 23 de fevereiro de 2018, atuando como presidente da Fundação de Meio Ambiente. O ex-secretário de Infraestrutura é acusado de fraudar lista de presença e tem suposta parceria do também recém-contratado pela Prefeitura de Palmas, Raimundo Carlos. Em 29 de maio, Raimundo foi contratado para atuar como assistente social. 

Segundo Milton, há um grande questionamento em contratar um "cidadão com nome envolvido nesse processo, principalmente levando em conta o caos que se encontra a atual gestão. Os agentes de saúde estão com progressões de 2013 e 2014 sem receber, em contrapartida a Prefeita contrata cidadão envolvido em malandragem”, declarou.

Fraude à pena de serviços comunitários

Em 2014, época em que atuava como secretário municipal da infraestrutura de Palmas, Marcílio Ávila foi condenado por Denunciação Caluniosa e, por pedido do mesmo, a Justiça Federal de Santa Catarina acatou o cumprimento da pena través de serviços comunitários prestados à Aureny III. As 1.215 horas de serviços a região substituiria sua prisão em regime fechado, porém foram encontradas irregularidades no documentos de comprovação da prestação de serviços. 

Os horários dos eventos em que Ávila participava em suas obrigações como secretário eram os mesmos em que estavam assinados o controle de frequência de entrada e saída, as assinaturas estavam uniformes, levantando suspeitas de que foram assinadas todas no mesmo dia, sendo assim, essas provas de cumprimento da pena foram invalidadas pelo MPF. Raimundo Carlos Pereira da Silva, presidente da Associação Beneficente dos Moradores do Aureny III, afirmou em depoimento ao MPF que a entidade, onde Macílio cumpria a pena, não funcionava. 

Segundo depoimento de uma conselheira que trabalhava ao lado da associação, a entidade ficava fechada a maior parte do dia, e o único visto foi Raimundo Carlos, presidente da associação. Através desses e outros fatos, Raimundo se tornou o principal suspeito de assinar os pontos de entrada e saída para Marcílio Ávila e, segundo o MPF, esse vinculo entre os dois indicaria uma suposta troca de favores.