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Economia

A Federação das Indústria do Estado do Tocantins (FIETO), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), realizou na noite desta última quarta-feira, 12, em suas unidades de Palmas, Araguaína, Gurupi, Paraíso e Taquaralto, o workshop Desvendar 4.0 – O Futuro é Hoje! O evento, que aconteceu simultaneamente em todo o país, teve como foco as indústrias do segmento de madeira e móveis, alimentos e bebidas, vestuário, cerâmica e construção.

Na abertura do evento, realizado em parceria com o Sebrae Tocantins, o presidente do Sistema Fieto, Roberto Magno Martins Pires, em mensagem de vídeo destacou a importância do movimento. “A quarta revolução industrial vai ter um impacto profundo porque ela se caracteriza por um conjunto de tecnologias que permite a união do mundo físico, digital e biológico. Como empresários temos a possibilidade de aumentar a nossa produtividade por meio do uso dessas novas tecnologias, que também vão nos ajudar a reduzir nossa distância para as nações mais desenvolvidas. Mas é preciso um certo senso de urgência, pois os principais países industrializados já inseriram essas transformações em sua política industrial”, disse Pires.

Em seguida, o administrador de empresas, especialista em comercialização internacional e escritor Claudio Forner, que proferiu palestra com o tema Desvendando a Indústria 4.0 no Centro de Educação e Tecnologia do Senai em Palmas, enfatizou que a indústria 4.0 explora uma ruptura de forma acentuada que vai gerar necessidade de modificações em muitas empresas. Em alguns segmentos, segundo ele, a substituição será completa por novos modelos de negócios, outros passarão por adaptações, ajustes, e algumas coisas simplesmente deixarão de existir. “Essa visão de 10, 15, 20 anos é importante porque o indivíduo teria o tempo adequado para fazer as mudanças necessárias”, afirmou.

Conhecida como a nova revolução industrial, a Indústria 4.0 vem transformando a produção industrial com novos processos, produtos e modelos de negócios, tornando os sistemas convencionais de produção gradualmente obsoletos. Por isso, é considerado um movimento universal sem volta que atingirá todas as empresas, independente do seu porte e setor de atuação. Elas precisam necessariamente se adaptar se quiserem permanecer competitivas.

Ciente disso, a Confederação Nacional da Indústrias (CNI) trabalha desde 2016 na sensibilização dos empresários para a importância de se engajar nesse movimento em direção a indústria 4.0, e atua junto ao governo para a criação de políticas públicas capazes de apoiar o desenvolvimento tecnológico das empresas brasileiras, assim como vem ocorrendo em países como Estados Unidos, Alemanha, Japão e China, que conseguiram ganhos relevantes de produtividade com o uso de tecnologias digitais.