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Foto: Divulgação

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Os reeducandos da Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP) e da Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota (UTPBG), em Araguaína, começaram a consumir, neste mês, as primeiras verduras e frutas cultivadas por eles nas hortas das duas unidades. Ao todo já foram colhidos 830 maços de cheiro verde (coentro e cebolinha) e 1.530 pés de alface, que são usados na preparação da alimentação servida diariamente aos internos, colaboradores e servidores.

A horta da CPPP ainda está produzindo salsa, pimentão, rúcula, tomate, pimenta, melão, melancia, caju, acerola, milho e feijão. Já na UTPBG a produção é complementada com pepino, pimentão, rúcula, feijão, almeirão, couve, jiló, rabanete, abobrinha verde, maxixe e cheiro verde. Além de atender aos internos, o excedente da produção da horta de Araguaína é vendido para a comunidade do entorno da unidade.

O ensino de técnicas de olericultura aos reeducandos e a produção de alimentos para consumo interno fazem parte do projeto Plantando a Liberdade, criado pelo Governo do Tocantins, por meio da Secretaria da Cidadania e Justiça (Seciju), em parceria com a Embrasil Serviços, empresa cogestora da CPP Palmas e da UTPBG, juntamente com os Juizados das Varas de Execução Penal da Capital e de Araguaína.

Atualmente, a horta da CPP Palmas é cuidada por dois reeducandos do regime semiaberto, sob a orientação e supervisão da equipe de Projetos da Embrasil. Na UTPBG são dez reeducandos trabalhando sistematicamente na horta. “Buscamos diversificar ao máximo as espécies cultivadas para ampliar o aprendizado e diversificar a alimentação oferecida”, explica Alexandre Calixto da Silva, gerente de Execução Penal da Embrasil Serviços.

Criado em 2012, o projeto Plantando a Liberdade ganhou novas dimensões no começo deste ano. A horta da CPP de Palmas, que antes era de 200 metros quadrados, ocupa hoje uma área de 2.000 metros quadrados. Os reeducandos que trabalham no cultivo de hortas recebem remuneração mensal de ¾ do salário mínimo e remição de um dia de pena a cada três dias trabalhados.

O projeto já beneficiou 15 reeducandos do Estado com cursos de produção de viveiros, hortaliças e legumes, ministrados e certificados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).