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Economia

Roberto Pires, presidente do Sistema Fieto

Roberto Pires, presidente do Sistema Fieto Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Roberto Pires, presidente do Sistema Fieto Roberto Pires, presidente do Sistema Fieto

O resultado do PIB Industrial estimado para 2017 mostra uma leve recuperação de 1,9% (R$ 3,83 bilhões) e uma queda de -1,6% (R$ 3,76 bilhões) em 2016, de acordo com estudo encomendado pela Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO) à Universidade Federal do Tocantins (UFT). A publicação traz uma análise de dados desde 2002 e está disponível no Portal Fieto link Estudos e Pesquisas.

A proposta da análise do PIB é disponibilizar uma informação estratégica para os formuladores e gestores da política industrial possibilitando o balizamento de estratégias de desenvolvimento. Dados do PIB do Tocantins, além dos índices de competitividade e de vantagens comparativas da economia, principalmente do setor industrial, estão disponíveis no estudo.

Destaca-se, por exemplo, que o PIB entre 2015 e 2017 ficou abaixo das médias históricas. Entre 2005 e 2015 a taxa anual de crescimento foi de 5,2%, enquanto que entre 2013 e 2015, a mesma taxa foi de 2,6% ao ano. Sobre as tendências recentes de crescimento do PIB Industrial, entre 2015 e 2017 observa-se uma pequena recuperação do setor de construção civil, que enfrentou no ano de 2015 uma grande queda (-12,5%). 

“Cerca de 30% do PIB do Tocantins depende diretamente das atividades do setor público, conforme o estudo, o que confirma uma preocupação há tempos levantada pela Fieto. Não há desenvolvimento que se sustente em um único setor, é preciso investir na Indústria de Transformação que também está em queda. Ainda assim nossa economia cresce mais do que a média nacional, é o que eu costumo dizer, somos um estado condenado a crescer, e isto nos motiva a continuar defendendo a industrialização como propulsora do desenvolvimento”, disse o presidente da Fieto, Roberto Magno Martins Pires.

O presidente refere-se a dados do estudo que mostram que a Indústria de Transformação apresentou quedas sucessivas em 2016 e 2017. Em 2016, por exemplo, a estimativa é de decréscimo do PIB Industrial em -1,6%, puxado em parte pelo fraco desempenho da Industria da Transformação (-8,8%).

A composição do PIB Industrial para o ano de 2016 é estimada em R$ 1,58 bilhões da Indústria de Construção Civil, R$ 1,24 bilhões dos Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP), R$ 887 milhões da Indústria de Transformação e R$ 84 milhões da Indústria Extrativa Mineral. Em 2017, projeta-se que o PIB Industrial seja composto por R$ 1,67 bilhões da Indústria de Construção Civil, R$ 1,22 bilhões dos SIUP, R$ 865 milhões da Indústria de Transformação e R$ 99 milhões da Indústria Extrativa Mineral.

Para realizar as estimativas foram utilizados dados do Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho, da Pesquisa Agrícola Municipal (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE), da Produção da Pecuária Municipal (IBGE) e do consumo regional de cimento (Sindicato Nacional da Indústria de Cimento - SNIC). O procedimento utilizado foi o levantamento dos dados do PIB Industrial do IBGE e depois dos dados de emprego e dos salários nominais (RAIS). Posteriormente, através de modelos de regressão linear, foi possível estabelecer previsões estatisticamente significativas entre o PIB Industrial e a massa salarial.