Uma ação conjunta de combate à criminalidade deflagrada, no último sábado (24), por policiais civis da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), núcleo de Palmas, com apoio da Delegacia de Aparecida do Rio Negro e da Central de Atendimento da região Sul de Palmas, resultou na localização e resgate de três adolescentes, com idades entre 13 e 14 anos, que haviam fugido de suas casas, em Aparecida do Rio Negro, há mais de 10 dias, e estavam sendo mantidas em cativeiro por integrantes de uma facção criminosa, em Taquaralto, na região sul de Palmas/TO.
Conforme o delegado Leandro Risi, adjunto da DEIC, desde que os desaparecimentos das adolescentes foram registrados por seus pais, várias diligências foram realizadas pelas equipes a fim que pudessem ser localizadas. Primeiramente, os policiais civis receberam informações de que as garotas poderiam estar em um condomínio localizado no Jardim Aureny III, mas, no local, as adolescentes não foram encontradas. Depois, foram levantadas informações de que elas estariam nas proximidades de um supermercado, no Jardim Aureny II, também na região Sul da Capital.
Com base nas informações, os policiais civis foram até o local informado e conseguiram localizar e resgatar as meninas. Ao perceberem a chegada da Polícia Civil, os criminosos que mantinham as adolescentes evadiram-se do local. As adolescentes foram apresentadas à autoridade policial na Central de Atendimento Sul – Taquaralto, onde os fatos foram registrados e elas entregues aos pais. Ainda de acordo com o delegado Leandro Risi, durante a ação de resgate, a Polícia Civil contou com o apoio do Conselho Tutelar da Região Sul da Capital.
Mais tarde, indivíduos ligados à facção criminosa que mantinha as garotas em cárcere privado, deixaram em frente à 4ª Delegacia de Polícia Civil do Jardim Aureny I, uma mala e uma mochila com os pertences das três meninas resgatadas. Mas, tendo em vista que não se sabia o que poderia haver em seu interior, podendo se tratar inclusive de explosivos, os bens foram destruídos pelo Esquadrão Anti-bombas da Polícia Militar, que se fez presente com a equipe da Perícia Criminal. Ao final, foi descartada a possibilidade de atentado a bomba.
As investigações prosseguem para identificar os membros da organização criminosa que mantiveram as adolescentes em cativeiro, podendo ser indiciados por concurso material dos crimes de associação criminosa, cárcere privado, exploração sexual, facilitação a corrupção de menores e associação para o tráfico, cujas penas somadas podem chegar a 30 anos de reclusão.