Na noite desta quarta-feira, 28, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada para investigar as possíveis irregularidades das aplicações do Instituto de Previdência Social do Município de Palmas – PreviPalmas ouviu o ex-secretário de finanças do município, Christian Zini.
Na ocasião, Christian Zini destacou que teve conhecimento sobre as irregularidades apenas pela matéria jornalística veiculada na época. Durante os questionamentos, o presidente da Comissão, vereador professor Júnior Geo (PROS) leu ao depoente documento assinado por Zini no qual ele declara ter ciência do risco do investimento realizado no Cais Mauá. Sobre isso, a testemunha declarou não saber do risco e que não tinha capacidade técnica para tanto.
Quando questionado sobre o número de assinaturas para autorizar as aplicações, Zini afirmou que “não tinha gestão sobre isso, não sei em que fase do processo foi colhida minha assinatura, quem encaminhava os documentos para os bancos não era a Secretaria de Finanças”, afirmou.
Após a sessão, Geo destacou que a partir dos depoimentos colhidos, a Comissão Parlamentar de Inquérito fará a apuração necessária, desenvolverá o relatório e, consequentemente, apontará as possíveis implicações, levando em consideração o grau de responsabilidade de cada envolvido. “Existe uma série de atropelos e de ilegalidades no rito que resultou na aplicação dos fundos de investimentos. Nós já temos apontadas partes das irregularidades cometidas, agora cabe responsabilizar quem são os responsáveis”, disse.
As demais testemunhas que estavam previstas para serem ouvidas nesta quarta, os ex-presidentes do PreviPalmas, Maxcilane Machado Fleury e Wally Aparecida Macêdo Vidovix, não foram intimadas pessoalmente, mesmo após várias tentativas. Tendo em vista essa dificuldade, será solicitado ao Poder Judiciário auxílio para realizar a intimação do Sr. Maxcilane Machado Fleury. Conforme cronograma das oitivas, nesta quinta-feira, 29, a CPI ouvirá o ex-diretor de investimentos do PreviPalmas, Anísio Gomes Dotor.