Reunidos em Assembleia Geral Extraordinária, na última quarta-feira, 5, os acionistas da Agência de Fomento do Tocantins decidiram pelo ajuizamento de Ação de Responsabilidade Civil contra o diretor-presidente da instituição, Maurílio Ricardo Araújo de Lima, e do diretor–administrativo Ademir Teodoro de Oliveira. Consequentemente, ambos foram declarados impedidos de exercerem os cargos por causa da ação.
A decisão da Assembleia Geral Extraordinária dos acionistas vem ao encontro da medida tomada pelo Governo do Tocantins, sócio majoritário da Agência de Fomento com 99,4% das ações, quando decretou intervenção na Agência e afastou o então presidente. A medida havia sido tomada porque o órgão se recusou em atender pedidos formulados pelo Estado para que fossem apresentadas cópias dos procedimentos de concessão de crédito (empréstimos), em apuração por meio de uma auditoria extraordinária, instalada após denúncia que apontava irregularidades, tornando necessário seu requerimento por via judicial, por meio de Mandado de Segurança.
O ajuizamento da Ação de Responsabilidade Civil foi apresentado pelo representante do Estado do Tocantins e aprovado pela maioria dos acionistas. O Estado também, na qualidade de acionista majoritário, vai oficiar, em caráter de urgência, expediente ao Banco Central solicitando providências quanto à administração e condução dos negócios da Agencia de Fomento, que segue funcionando normalmente, mas tendo suspensas as operações de crédito.
Na assembléia extraordinária foi determinada ainda, por unanimidade, a destituição de Maurílio Ricardo da presidência do Conselho de Administração da Fomento. Também foram indicados os nomes dos conselheiros que comporão o Conselho de Administração até a realização da Assembleia Geral Ordinária de 2020.