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Estado

Foto: Divulgação

Ressignificar é a palavra que descreve todo o trabalho desenvolvido ao longo de 2018 na Cadeia Pública de Barrolândia, distante cerca de 81 km de Palmas. Em mais uma parceria da Secretaria do Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), por meio do Sistema Penitenciário Prisional do Tocantins (Sispen/TO), com o Poder Judiciário a unidade prisional acaba de concluir uma reforma que lhe deu nova cara.

Como prestação de contas dos recursos investidos, fruto de doações realizadas pelo Conselho da Comunidade da Execução Penal, a direção da unidade prisional convidou o juiz da Comarca local, José Dias Nunes, para conhecer as melhorias estruturais nesta quarta-feira, 19.

A unidade ganhou nova pintura geral, melhorias na parte hidráulica, colocação de ferro no piso, para evitar escavações por parte dos detentos, sensores de alarme em todo o seu entorno, um projeto de cultivo de hortaliças e a substituição do bebedouro de água.

Ao diretor da Cadeia, Leandro Oliveira de Sá, o magistrado elogiou o trabalho realizado pelas unidades penais do interior. “Acredito muito no potencial das pequenas unidades penais, pois elas cumprem um papel muito importante no combate ao crescimento das facções criminosas”, disse o juiz.

Ele justifica que os estados que decidiram centralizar a população carcerária, hoje enfrentam um grande problema, pois acabaram facilitando o recrutamento de membros pelas facções. “Nisso, o Tocantins ainda se difere dos demais”, completou.

O magistrado também falou sobre o que o motiva o Poder Judiciário a colaborar com as melhorias das duas unidades penais que estão em sua comarca, as Cadeias de Barrolândia e de Miranorte. “Quando vemos os esforços dos servidores, trabalhando para tornar o ambiente melhor, e a direção da unidade se movimentando para proporcionar ressocialização, nós do Judiciário não podemos nos abster. O que nos resta é ajudar naquilo que for possível para melhorar o ambiente carcerário”, atestou.

Para o diretor da unidade, o desafio da custódia e da execução penal deve ser encarado com atenção, não pode ser meramente assistido. “A busca por melhorias, por qualidade de vida, e por segurança deve ser uma constante e sempre apresentando evoluções, pois é algo que trará um reflexo relevante na prestação de um bom trabalho voltado à ressocialização”, refletiu.

O diretor também agradeceu ao juiz da Comarca e ao Conselho da Comunidade pela parceria. “Muitos locais não têm a sorte de contar com um Judiciário tão parceiro como o nosso. Então, somente tenho a agradecer”. Na ocasião, o diretor e o juiz conversaram ainda sobre os projetos para o ano de 2019 e como irão concretizá-los.