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As exportações totais de carne bovina (in natura e processada) bateram o recorde estabelecido em 2014, de 1.560.000 toneladas movimentadas, alcançando um volume de 1.639.000 toneladas exportadas no balanço geral de 2018, informou a Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO). Em valores, porém, a receita obtida de US$ 6,5 bilhões ficou abaixo dos US$ 7,2 bilhões obtidos em 2014, ano de melhores preços para o produto brasileiro.

A entidade divulgou estes números com base nos dados fornecidos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), através da Secex/Decex.

Segundo a Abrafrigo, para 2019 a expectativa é de que estes volumes cresçam pelo menos 5%, com o retorno das compras da Rússia, que em 2017 havia importado 150 mil toneladas em 2018 e restringiu suas compras a 7 mil toneladas em 2018.

Em relação a 2017, quando o Brasil exportou 1.485.000 toneladas, a movimentação de 2018 cresceu 10%, enquanto que a receita aumentou 8%. No último mês do ano, as vendas foram de 153.069 toneladas e a receita de US$ 577 milhões, crescimento de 12% no volume e de 3% nas divisas.

O aumento das compras por parte da China compensou a ausência dos russos: foram 150 mil toneladas a mais em 2018, com o País importando pela cidade estado de Hong Kong e pelo continente 43,8% da comercialização brasileira do produto contra 38,2% em 2017. Foram 717.492 toneladas contra 567.638 toneladas em 2017.

O Egito aumentou suas aquisições em 18% ficando na segunda posição entre os países importadores, com 181.097 toneladas; em terceiro lugar veio o Chile, com crescimento de 77% na sua movimentação que atingiu 114.944 toneladas. Além da Rússia, Irã e os Estados Unidos tiveram queda significativa nas suas importações, de 40% e de 16%, respectivamente.

Entre os 20 principais destinos, o Uruguai foi o que mais se destacou percentualmente, com crescimento de 202%: de 4 mil toneladas movimentadas em 2017 saltou para 14 mil toneladas em 2018.

São Paulo foi o Estado que mais movimentou a carne bovina brasileira para destinos no exterior, com 399.543 toneladas (24,4%); em segundo lugar ficou o Mato Grosso, com 301.538 toneladas (18,4%); na terceira posição está Goiás, com 236.187 toneladas (14,4%). Rondônia ficou na quarta posição, com 167.578 toneladas; Mato Grosso do Sul em quinto, com 153.568 toneladas e Minas Gerais em sexto com 147.094 toneladas.