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Construída há 40 anos ponte foi interditada no último dia 7

Construída há 40 anos ponte foi interditada no último dia 7 Foto: Ademir dos Anjos

Foto: Ademir dos Anjos Construída há 40 anos ponte foi interditada no último dia 7 Construída há 40 anos ponte foi interditada no último dia 7

A Investco, empresa responsável pela Usina Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães em Lajeado, informou nesta terça-feira, 12, que desconhece os fatos nos quais se baseia a informação divulgada pelo secretário estadual de infraestrutura, Renato de Assunção, de que o enchimento do lago após a construção da barragem teria prejudicado a estrutura da ponte na TO-255 em Porto Nacional, agilizando o processo de deterioração da estrutura.

A informação foi passada pelo secretário nesta segunda-feira, 11, durante uma coletiva de imprensa realizada pelo governo para divulgar detalhes dos serviços realizados na ponte e também nos atracadouros da balsa que deverá operar no local.

Assunção disse que a ponte foi construída anteriormente para transpor um rio e não um lago, de modo que, após o enchimento do reservatório, os pilares, que antes ficavam submersos somente em períodos de cheia do rio, passaram a ficar cobertos de água durante todo o tempo, provando o desgaste precoce das peças.

O secretário acrescentou que o governo estuda a possibilidade de mover uma ação contra a Investco para que a empresa seja responsabilizada pelo problema. A empresa, por sua vez, informou que vai aguardar mais detalhes para se pronunciar sobre o caso.

Travessia

Durante a coletiva Renato de Assunção e o presidente da Agência Tocantinense de Transportes e Obras, Virgílio Azevedo, divulgaram ainda outros detalhes sobre os impactos da interdição da estrutura.

Segundo os gestores, a balsa que fará a travessia do lago deverá começar a operar em até 15 dias. Até lá, barcos e profissionais da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros deverão fazer a travessia de pedestres. Serviço que deverá começar ainda esta semana.

A respeito da cobrança da balsa - que é uma demanda das comunidades que vivem à margem direita do rio - o governo informou que poderá arcar com parte dos valore, mas a tarifa ainda não foi definida. “O governo estuda subsidiar parte da tarifa, mas estes números estão sendo discutidos neste momento”, disse Assunção.

Topografia

Segundo o governo, em 30 dias deverá ser concluído o trabalho de topografia que está sendo realizado na ponte. O secretário disse que três equipes de profissionais fazem as medições pelo menos 3 vezes ao dia, em horários diferentes, para fazer a avaliação.

Após este serviço, uma empresa especializada deverá ser contratada para fazer uma avaliação mais criteriosa, definindo, ao final, se a ponte poderá ser utilizada novamente ou não. Assunção não descartou a possibilidade de que ela seja reaberta ao tráfego. “Só depois da avaliação é que vamos saber se ela pode ser aberta de novo e para que tipo de veículo”, concluiu.

Reforma

Outra possibilidade que não foi descartada pela Infraestrutura é de que a ponte seja reformada, para que não seja necessário a construção de uma nova - mesmo com empréstimo aprovado no valor de R$ 130 milhões e licitação realizada para isso.

“O recurso aprovado pela Assembleia Legislativa está paralisado, pendente de liberação apenas pela classificação do estado pelo Tesouro Nacional em letra A ou B. A gente tem previsão dessa reclassificação para os meses de março ou abril”, disse o secretário.

Firmado em 2017, o contrato do Estado com a Rivoli - que executaria a obra da nova ponte - foi suspenso em razão de problemas em execução de obras anteriores pela mesma empresa. A recomendação, de acordo com Assunção, é de que o contrato seja cancelado em definitivo.