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Cultura

Premiado no Festival de Cannes, com o Prêmio Especial do Júri da mostra Un Certain Regard, o filme ‘Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos’, será exibido em sessão especial no Cine Cultura, no dia 13 de abril, às 19h. A sessão contará com a presença dos diretores João Salaviza e Rennée Nader Messora. O evento é promovido pela Fundação Cultural de Palmas (FCP), em parceria com o Ponto de Cultura Telas em Cena e Spatium Arte e Cultura e Universidade Federal do Tocantins.

Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos teve estreia mundial na última edição do Festival de Cannes, onde ganhou o Prêmio Especial do Júri da mostra Un Certain Regard. Rodado ao longo de nove meses na aldeia Pedra Branca (Terra Indígena Krahô, no Tocantins), em negativo 16mm, o filme acompanha Ihjãc, um jovem Krahô, que após um encontro com o espírito do seu falecido pai, se vê obrigado a realizar sua festa de fim de luto. Rejeitando seu dever e com o objetivo de escapar do processo de se transformar em xamã, ele foge para a cidade, onde enfrentará a realidade de ser um indígena no Brasil contemporâneo.

As filmagens foram precedidas por uma longa relação de Renée com o povo Krahô, que se iniciou em 2009. Desde então, a diretora (também fotógrafa do filme) trabalha com a comunidade, participando na mobilização do coletivo de cinegrafistas indígenas Mentuwajê Guardiões da Cultura. O trabalho do grupo é focado na utilização do audiovisual como instrumento para a autodeterminação e o fortalecimento da identidade cultural. Em 2014, João Salaviza conheceu os Krahô e, juntos durante longas estadias na aldeia, começaram a imaginar o que viria a ser o filme. A sessão vai contar também com a participação da integrantes da Aldeia Krahô Pedra Branca, que participaram do filme.

Os ingressos custam R$ 12 para todos e podem ser adquiridos na Loja da Fundação Cultural no Capim Dourado Shopping ou no local do evento.

Sinopse

Ihjãc é um jovem da etnia Krahô, que mora na aldeia Pedra Branca, em Tocantins. Após a morte do pai, ele recusa-se a se tornar xamã e foge para a cidade. Longe de seu povo e da própria cultura, Ihjãc enfrenta as dificuldades de ser um indígena no Brasil contemporâneo. Prêmio Especial do Júri na Mostra Un Certain Regard, do Festival de Cannes.

Principais festivais e prêmios

 Cannes Int. Film Festival (Prêmio Especial do Júri - Un Certain Regard) Mar del Plata Int. Film Festival (Prêmio Especial do Júri) Festival do Rio (Melhor Direção / Melhor Fotografia) Lima Film Festival (Melhor Filme / Melhor Fotografia) La Orquidea Film Festival (Melhor Primeira Obra) Minsk Int. Film Festival Listapad (Melhor Filme) Panorama Internacional Coisa de Cinema (Prémio IndieLisboa) Fidocs Int. Documentary Festival Santiago Chile (Menção Especial do Júri).

Renée Nader Messora

Nascida em São Paulo, em 1979. Formada em Direção de Fotografia pela Universidad del Cine, em Buenos Aires. Por 15 anos, trabalhou como assistente de direção no Brasil, Argentina e Portugal. Em 2009, Renée Nader Messora conheceu os Krahô e, desde então, ela trabalha com a comunidade, contribuindo na organização de um coletivo de jovens cinegrafistas. O foco do trabalho do grupo Mentuwajê Guardiões da Cultural é usar as ferramentas audiovisuais para o fortalecimento da identidade cultural e a autodeterminação da comunidade. Chuva é cantoria na aldeia dos mortos é seu primeiro longa-metragem.

João Salaviza

Nascido em Lisboa em 1984. Formado na ESTC, em Lisboa, e na Universidad del Cine, em Buenos Aires. Seu primeiro longa-metragem, Montanha, teve estreia mundial na Semana da Crítica do Festival de Veneza, em 2015. Veio na sequência de uma trilogia de curtas formada por Rafa (Berlinale Golden Bear 2012), ARENA (Palme d’Or no Festival de Cannes 2009) e Cerro Negro (Rotterdam em 2012). Recentemente voltou ao Festival de Berlim com os curtas Altas Cidades de Ossadas e Russa (co-dirigido com Ricardo Alves Jr). Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, co-dirigido com Renée Nader Messora, é seu segundo longa-metragem.