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Polí­cia

Suspeitos presos durante operação realizada nesta segunda-feira, 15

Suspeitos presos durante operação realizada nesta segunda-feira, 15 Foto: Divulgação/ SSP

Foto: Divulgação/ SSP Suspeitos presos durante operação realizada nesta segunda-feira, 15 Suspeitos presos durante operação realizada nesta segunda-feira, 15

O delegado Eduardo Menezes, responsável pela Delegacia Especializada em Investigação Criminal de Paraíso (DEIC) disse em entrevista coletiva à imprensa nesta segunda-feira, 15, que a Polícia Civil pode ter evitado uma rebelião no presídio de Cariri na região sul do estado.

Segundo o delegado, durante a realização de uma operação que foi chamada de Intramuros os policiais encontraram em uma das celas a planta da unidade prisional com anotações e planos de invasão à ala onde ficam alojados membros de uma facção rival a dos presos em cuja cela foi encontrada a evidência. “Com esta operação nós impedimos uma possível rebelião e carnificina no presídio de Cariri”, disse o delegado.

A Operação Intramuros foi deflagrada nesta segunda com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que agia dentro e fora dos presídios. Estão sendo cumpridos 75 mandados de prisão e 72 de busca e apreensão. Além do Tocantins há pelo menos 1 alvo no Piauí e outros 4 em Goiás.

Os membros da facção são acusados de roubos, assassinatos e apontados como responsáveis pelo tráfico de entorpecentes dentro dos presídios. O delegado responsável informou que foi encontrado na unidade prisional de Paraíso uma quantidade de maconha, 1,5 kg de crack e duas armas de fogo. “Um quilo e meio de crack é uma quantidade relevante, financeiramente falando, a ser encontrada dentro de uma cela”, disse.

As investigações levaram cerca de 6 meses. A polícia concluiu que diversos homicídios cometidos dentro e fora das unidades prisionais eram cometidos pela facção contra membros de grupos rivais. “Não havia critério nenhum. O que apuramos é que a única coisa em comum entre os crimes era a que as vítimas pertenciam ao mesmo grupo rival”, esclareceu Menezes.

Os executores recebiam uma “pontuação” e eram “promovidos hierarquicamente” dentro da facção. Para o delegado, a operação pode ajudar a reduzir o número de homicídios na capital e outras cidades do estado, já que parte dos crimes era ordenado por esta facção. “O número de homicídios tende a diminuir porque a organização sabe que está sendo monitorada”, afirmou.

Ainda de acordo com o delegado, 84 integrantes da facção criminosa são investigados - além dos membros, a polícia também monitora apadrinhados e parentes dos membros. “Algumas dessas pessoas acabam entrando no grupo involuntariamente, emprestando contas bancárias para movimentação do dinheiro proveniente do tráfico, adentrando com celulares nos presídios para a manutenção do esquema”, explicou o delegado.

Pelo menos 30 investigados já estão no sistema prisional. Seis prisões foram feitas na Casa de Prisão Provisória de Palmas e 1 na unidade feminina da capital. No presídio Barra da Grota, em Araguaína ocorreram outras 5 prisões, entre elas dois homens que seriam chefes do grupo.

Além das prisões a justiça também determinou o bloqueio de bens de 4 contas bancárias que eram utilizadas pelo grupo.