Após questionamento do deputado federal Tiago Dimas (SD-TO), o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Cesar Pontes, disse que, levar fibra ótica e tecnologia de conexão digital para as cidades do Norte e do Nordeste do País é um dos trabalhos concretos da sua pasta. “Estamos fazendo iniciativas reais mais para a região Norte e Nordeste. Por que ali? Por que lá tem menos infraestrutura e ali é aonde a infraestrutura tem que ser construída”, ressaltou o ministro, nesta quarta-feira, 8 de maio.
Marcos Pontes participou de reunião conjunta das comissões de Ciência e Tecnologia e de Educação. Durante o seu questionamento, o deputado, membro da Comissão de Ciência e Tecnologia, detalhou o projeto Araguaína Conectada, desenvolvido naquela cidade durante a sua gestão à frente do Instituto de Tecnologia e Desenvolvimento Sustentável.
O projeto, que está pronto e ainda não foi implantado por falta de recursos financeiros, prevê a interligação de todos os órgãos públicos na cidade em rede de 80 quilômetros que pode agregar uma série de serviços, que poderia contar até com sistema de vídeo-monitoramento.
Tiago Dimas perguntou se o Ministério de Ciência e Tecnologia tem algum programa especifico para projetos como esse. “O projeto está parado por falta de recursos. Tentei ver nas suas prioridades e não vi isso com efetividade. Queria que o senhor explicasse para gente se há alguma linha do município, que auxilie os municípios a buscar essa conectividade”, salientou Tiago Dimas.
O ministro não respondeu especificamente, mas falou de iniciativas de investimentos como Amazônia Conectada, o PLC 69 e o Internet para Todos.
Para Tiago Dimas não adianta os governos falarem de alta tecnologia, como reconhecimento facial, se nas cidades não há nem o básico ainda. “No Tocantins não temos sequer um sistema de rádio digital paras polícias Civil e Militar. Toda a comunicação é analógica. Essa conectividade tem que chegar na ponta”, ressaltou o parlamentar.
Por fim, o deputado também questionou se existe interlocução entre o Ministério de Ciência e Tecnologia com os institutos federais e as universidades. Marcos Pontes respondeu que sim, via Secretaria de Pesquisa e Formação.