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Educação

Estudantes fecharam portões da UFT e protestaram contra cortes (Fotos: Guilherme Barbosa)

Os portões da Universidade Federal do Tocantins (UFT) amanheceram fechados nesta quarta-feira, 15, por estudantes que aderiram ao movimento de luta contra o corte no orçamento das universidade imposto pelo governo Bolsonaro.

De acordo com o estudante Guilherme Barbosa, que faz parte da organização do protesto, cerca de 200 universitários participaram do primeiro momento da manifestação que foi a concentração em frente à universidade.

Os estudantes carregavam faixas com palavras de ordem e protesto contra as declarações de Jair Bolsonaro e do ministro da Educação Abraham Weintraub e também utilizaram latas e outros objetos para fazer barulho e chamar atenção de quem passava pelo local.

Os estudantes seguem agora para a Assembleia Legislativa do Tocantins (AL) onde irão se encontrar com outros manifestantes em um protesto maior contra os cortes na educação pública. Também participam desta manifestação professores e estudantes da educação básica do estado e municípios, já que os cortes também afetarão esta área.

A greve geral da educação é nacional. Nesta terça-feira, 14, a imprensa noticiou que Jair Bolsonaro teria recuado e ordenado ao ministro Weintraub que suspendesse os cortes no orçamento, mas para os estudantes trata-se apenas de estratégia para que o movimento perdesse força. “Nós nos somamos a esta paralisação nacional porque entendemos que o governo Bolsonaro é inimigo da educação e que a trata como mercadoria. O corte, que chega a 42% na UFT e não 30%, vai praticamente inviabilizar a universidade”, declarou Guilherme.

Após o anúncio do MEC de que cortaria 30% da verba destinada a todas as universidades públicas do país, a UFT emitiu comunicado informando que o corte na verdade seria de 42%, totalizando R$ 18 milhões a menos no custeio da instituição. A universidade também anunciou suspensão de bolsas de pós-graduação.

Protesto

A greve geral também abrange a Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) e o Instituto Federal do Tocantins (IFTO). No IFTO os portões também amanheceram fechados, mas não houve concentração. Docentes e estudantes destas duas instituições também irão se juntar ao protesto em frente à AL na manhã desta quarta.

Estado 

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintet) informou que cerca de 70% das escolas da rede pública do estado também aderiram ao protesto. Segundo a Secretaria de Educação (Seduc), a pasta ainda está levantando a quantidade de unidades que pararam no estado e comunicou que, em respeito à Lei de Diretrizes e Bases, os dias letivos deverão ser repostos.