Na semana em que Palmas completa 30 anos, o primeiro prefeito da capital do Tocantins, Fenelon Barbosa, relembra os desafios enfrentados para implantar a capital do Tocantins e prevê que ela será uma das maiores e melhores cidades do Brasil em futuro próximo. Ele revela que foi pego de surpresa com a proposta do então governador Siqueira Campos de anexar Taquaruçu do Porto, município recém emancipado, do qual era o prefeito, e transferir sua sede para o local onde estava sendo construída a Capital.
Fenelon destacou que foi um choque a capital do Tocantins ser implantada na área do município de Taquaruçu. Ele foi empossado como primeiro prefeito do pequeno município, com apenas dois mil habitantes, recém emancipado de Porto Nacional, em 1º de junho de 1989. Poucos meses depois, em dezembro do mesmo ano, viu-se na condição de primeiro mandatário da Capital, sendo Taquaruçu transformado em distrito.
“A responsabilidade que assumi foi muito grande. Mas nós abraçamos a causa inteiramente. Fizemos grandes loteamentos e nos dedicamos ao trabalho dia e noite. Teve vez de eu ir para casa de madrugada, três horas da manhã. Não foi fácil. Queríamos ajudar o máximo para que Palmas realmente existisse e não deixasse brecha para que outros políticos tentassem mudá-la de local”, disse Fenelon Barbosa.
Segundo Fenelon, “foi aberto um canteiro de obras muito grande. O Siqueira [Campos] construindo as grandes obras da cidade e eu, aquilo que estava à altura da Prefeitura, dando todo apoio às famílias que chegavam de todas as partes do Brasil. Tinha vez que chegavam 15 famílias por dia, em Palmas, a procura de uma oportunidade. Queriam morar na Capital. E nós contribuímos para isso”, afirmou Felenon.
O primeiro prefeito de Palmas, hoje recolhido em sua fazenda próxima à Capital, diz que se sente realizado e muito feliz por ter ajudado as pessoas, principalmente as mais pobres, que acreditaram na nova Capital, vieram e tiveram apoio. "É uma felicidade muito grande. Eu vejo, hoje, Palmas uma das cidades mais bonitas do nosso Brasil. Não tenho dúvidas de que, daqui a 30 ou 40 anos, Palmas será uma das grandes cidades do Brasil, porque ela é uma cidade moderna, planejada, bonita e um potente destino turístico”, finalizou.