O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta terça-feira, 9, o Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais. Definido pela produção industrial interna descontadas as exportações e acrescidas as importações, o indicador apontou crescimento de 0,1% em maio em relação ao mês de abril, na comparação com ajuste sazonal. A demanda interna por bens nacionais teve queda de 0,2% em maio em relação ao mês anterior, ao passo que as importações de bens industriais registraram alta de 2,9% no mesmo período.
Em relação a maio de 2018, mês em que ocorreu a greve dos caminhoneiros, o Indicador Ipea de Consumo Aparente registrou alta de 7,2% na demanda interna por bens industriais, mesmo índice da produção industrial, mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na análise das grandes categorias econômicas – bens de capital, intermediários e de consumo, a primeira foi a única com resultado positivo (alta de 3,9%) em maio, na comparação com o mês de abril. A demanda interna por bens intermediários se manteve estável e o segmento de bens de consumo teve queda de 3,7%. Na comparação interanual, todas as categorias tiveram crescimento em relação a maio de 2018, com destaque para o segmento de bens de capital, que registrou alta de 23,7%.
No que diz respeito às classes de produção, a demanda interna por bens da indústria de transformação teve queda de 0,3% em maio em relação ao mês de abril. A indústria extrativa voltou a oscilar e apresentou alta de 30,3% em maio, mostrando recuperação depois do desastre na barragem de Brumadinho.
Na classificação setorial, de um total de 22 segmentos, apenas nove mostraram crescimento, com destaque para o consumo aparente de aparelhos e materiais elétricos, que avançou 13,4%, e para a demanda por alimentos, que registrou aumento de 5,7% em maio frente a abril. Na comparação interanual, 17 segmentos registraram alta em maio na comparação com o mesmo período de 2018, com destaque para os segmentos veículos (alta de 34%) e alimentos (crescimento de 32,6%).
Na avaliação do trimestre encerrado em maio, o Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais registrou queda de 0,6%. Em relação ao mesmo período de 2018, o trimestre móvel de maio ficou 1,5% abaixo do verificado no mesmo período. No acumulado em doze meses, houve crescimento de 0,9% no consumo aparente de bens industriais.
Acesse a íntegra do indicador no blog da Carta de Conjuntura