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Polí­cia

Foto: Divulgação

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Em uma nova fase da Operação Catarse a Polícia Civil cumpre na manhã desta segunda-feira, 5, novos mandados de busca e apreensão nas cidades de Araguaína e Sampaio, cidades na região norte do estado. As buscas foram realizadas nas casas de ex-servidores lotados na extinta Secretaria-geral de Governo no ano de 2018. De acordo com as investigações, os suspeitos recebiam entre R$ 1,5 mil a R$ 2,7 mil sem trabalhar.

Segundo o delegado Luciano Barbosa de Souza Cruz, durante o cumprimento dos mandados (cinco em Araguaína e um em Sampaio) de busca e apreensão, foram apreendidos documentos e dispositivos eletrônicos. Em seguimento à Operação Catarse, que investiga a existência de servidores na administração pública estadual sem exercer suas funções, o delegado afirmou que, das três pessoas já ouvidas, todas afirmaram receber proventos sem exercer função administrativa. “As demais pessoas investigadas serão intimadas para prestar esclarecimentos”, afirmou.

Ainda segundo o delegado, na última quarta-feira,31, foi cumprido um mandado de busca e apreensão em Rio dos Bois, na região Central do Estado.

A operação, que teve início em 2018, investiga servidores fantasmas no poder público. As informações são de que, nesta fase, a polícia investiga casos de funcionários que recebiam sem trabalhar na Secretaria-geral de Governo do estado.

A operação é comandada pelas delegacias de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública de Palmas (Dracma) e Delegacia de Investigações Criminais de Araguaína (DEIC).

Operação

Quando a primeira fase da operação foi realizada em dezembro do ano passado, a polícia cumpriu mandados de busca no Palácio Araguaia, sede do Poder Executivo no estado. Revelou-se que foram encontrados indícios de que cerca de 300 pessoas estariam recebendo salários do governo sem trabalhar.

A operação desdobrou-se, tornando-se a maior ação policial contra este tipo de crime na administração pública já realizada no Tocantins. A operação mirou também a Assembleia Legislativa, onde três pessoas lotadas no gabinete do deputado estadual Valdemar Júnior (MDB) chegaram a ser presas por suspeita de envolvimento em um esquema de recebimento de parte de salários de servidores fantasmas que, posteriormente, eram devolvida aos envolvidos.

A operação deu origem a vários inquéritos. No mês passado, o ex-governador Marcelo Miranda (MDB) virou réu em uma ação penal desencadeada pela Operação Catarse, bem como três ex-secretários de sua gestão, João Emídio Felipe de Miranda; Cesarino Augusto César Pereira Sobrinho; e Télio Leão Ayres, além da ex-vereadora de Araguaína, Cleidimar Aparecida Chaves, e a filha dela, Alciany Chaves de Melo.

Segundo o inquérito policial, Alciany teria recebido salário do governo sem receber entre julho de 2017 e dezembro de 2018, com o conhecimento e anuência de Marcelo Miranda e seus secretários há época. (Atualizada às 11h50)