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Polí­tica

Marcelo Miranda foi indiciado por peculato-furto

Marcelo Miranda foi indiciado por peculato-furto Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Marcelo Miranda foi indiciado por peculato-furto Marcelo Miranda foi indiciado por peculato-furto

A Polícia Civil indiciou o ex-governador Marcelo Miranda (MDB) por suspeita de envolvimento em um esquema de funcionários fantasmas em seu governo, investigação que culminou na Operação Catarse, deflagrada no ano passado. Miranda foi indicado por peculato-furto.

A denúncia foi feita pela Delegacia Especializada em Investigações Criminais (DEIC), Núcleo Norte, de Araguaína. Além do ex-governador, também foram indicadas outras 5 pessoas, entre elas, 3 ex-secretários da gestão de Marcelo Miranda. São eles, o ex-secretário-geral de governo, Cesarino Augusto César Pereira Sobrinho; o ex-secretário de articulação política, João Emídio Felipe de Miranda; e o ex-secretário-chefe da casa civil, Télio Ayres Leão.

Cesarino e João Emídio foram indiciados pelos crimes de peculato-furto e falsidade ideológica majorada, já Télio Ayres foi indicado duas vezes pelo crime de peculato, conforme informa a Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Além dos ex-gestores também foi indiciada a suposta funcionária fantasma, Alciany Chaves de Melo Feitoza. Segundo o delegado José Anchieta de Menezes Filho, toda a operação de investigação de funcionários fantasmas na administração pública iniciou-se com a notícia de que Alciany estaria lotada como enfermeira no Hospital Geral de Palmas e posteriormente na secretaria geral de governo enquanto estaria cursando medicina no Paraguai. 

Mesmo sem trabalhar e nunca ter registrado frequência, a enfermeira continuava a receber normalmente os proventos. Segundo o relatório da Polícia Civil, os proventos percebidos pela enfermeira foram de até R$ 4 mil, chegando a quase R$ 90 mil reais de prejuízo aos cofres públicos durante o período em que esteve lotada na administração pública.

Enquanto estudava no Paraguai, Alciany recebia proventos como enfermeira no Tocantins (Foto: Reproduçaõ)

A mãe da enfermeira, ex-vereadora de Araguaína e atual assessora do deputado Leo Barbosa (SD), Cleidimar Aparecida Chaves, também foi indiciada por peculato. Segundo a polícia, Cleidimar teria atuado politicamente em benefício da filha para conseguir que fosse nomeada como servidora sem trabalhar.

O inquérito, já remetido ao Ministério Público, foi instaurado pela unidade especializada em novembro de 2018. “Com base nas investigações, foi possível concluir que a servidora não exercia suas funções no órgão público, a extinta Secretaria Geral de Governo, o que ensejou seu indiciamento pela prática do crime de peculato-furto”, informou a SSP.

O Conexão Tocantins tentou contato por telefone com o advogado de Marcelo Miranda, mas as ligações caíram na caixa postal. Também tentamos contato através de mensagens que até o momento não foram respondidas.