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Saúde

Foto: Raíza Milhomem

Foto: Raíza Milhomem

Dados da Secretaria Municipal de Saúde mostram que no período de janeiro a julho de 2018, dos 4.213 animais examinados, 1.318 tiveram resultado positivo para leishmaniose visceral canina. No mesmo período deste ano, o número de animais examinados foi maior, 4.978 no total, porém o número de casos positivos diminuiu com 965 casos positivos.

Em humanos, foram confirmados 21 casos de leishmaniose visceral entre janeiro a julho de 2018, sendo que no mesmo período de 2019, observa-se uma queda no número, com apenas sete casos confirmados.

Semana Nacional de Combate à Leishmaniose

De 10 a 15 de agosto, a Secretaria Municipal de Saúde realiza uma programação que busca estimular ações educativas e preventivas e promover debates sobre as políticas públicas de vigilância e controle das leishmanioses no município de Palmas. As atividades fazem parte da Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose e serão desenvolvidas pela equipe de analistas, técnicos e agentes de combate a endemias da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ).

O coordenador de Controle de Animais Reservatórios da UVCZ, Ademilton Guimarães, ressalta que de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a leishmaniose é uma das seis doenças tropicais de maior relevância mundial e ocupa o segundo lugar, depois da malária, entre as infecções por protozoários que acometem os seres humanos.

“É uma doença transmitida pela picada do flebotomíneo, conhecido popularmente como mosquito-palha infectado. O cão doméstico pode ser hospedeiro do parasita. A doença pode ser cutânea, caracterizada por feridas na pele, ou visceral que ataca vários órgãos internos. A leishmaniose visceral tem uma evolução crônica e, se não tratada, pode levar à morte em até 90% dos casos”, alerta Guimarães.

Atividades da semana

A programação começa no sábado, 10, às 10 horas, com uma visita técnica ao Centro de Saúde da Comunidade da Arno 33, com sensibilização dos profissionais de saúde sobre o diagnóstico precoce e o protocolo de atendimento das leishmanioses. Também no sábado, das 13 às 17 horas, haverá uma ação na Escola Municipal de Tempo Integral Santa Bárbara, com orientações e distribuição de materiais educativos, exposição dos vetores e teste rápido em cães.

Na segunda, 12, a partir das 9 horas, os analistas voltam à ETI Santa Bárbara para uma palestra sobre combate e controle das leishmanioses e exposição de vetores. Já na terça, 13, as atividades acontecem no Parque dos Povos Indígenas, das 17 às 22 horas, com orientações e distribuição de materiais educativos, exposição dos vetores e teste rápido em cães.

Na quarta, 14, a partir das 14 horas, a equipe promove ações educativas com os alunos da ETI Daniel Batista, na quadra 508 Norte, com palestra sobre combate e controle das leishmanioses e exposição de vetores.

A programação encerra na quinta, 15, com ações na Escola Estadual Tiradentes e na praça do Ginásio Ayrton Senna. Na escola, a palestra sobre combate e controle das leishmanioses começa às 14h20; e no Ginásio, das 17 às 22 horas, haverá orientações e distribuição de materiais educativos, exposição dos vetores e teste rápido em cães.

Saiba mais

A Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose foi instituída pela Lei Federal nº. 12.604, de 03 de Abril de 2012. A comemoração ocorre anualmente, na semana que incluir o dia 10 de agosto.

A leishmaniose visceral, popularmente conhecida como calazar, é uma zoonose causada por um protozoário do gênero Leishmania (chagasi), transmitida pela picada do mosquito palha, que se infecta ao sugar o homem ou outro animal (cão) infectado. É uma doença infecciosa crônica, generalizada caracterizada principalmente por febre de longa duração, hepatoesplenomegalia, perda de peso, pancitopenia, astenia, estado de debilidade progressivo, dentre outras manifestações.

É caracterizada como uma doença de caráter eminentemente rural, porém com ampla expansão para áreas urbanas, representando um crescente problema de saúde pública. Segundo a estratificação epidemiológica dos casos em humanos referentes aos últimos três anos, o município de Palmas é classificado como área de transmissão intensa da doença.