Agosto é o mês escolhido para receber a cor verde-claro de conscientização sobre a necessidade de atenção aos sinais e o diagnóstico precoce do tratamento do linfoma, um tipo de câncer que atinge os linfócitos, células que fazem parte do sistema imunológico do nosso corpo.
A doença é caracterizada pela multiplicação desordenada destas células, gerando o aumento dos gânglios linfáticos, popularmente conhecidos como ínguas. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa do número de casos de linfoma, no ano passado, no Tocantins, foi de 40.
Existem mais de 40 tipos de linfomas, divididos em dois grupos principais: o Linfoma de Hodgkin e o Não-Hodgkin.
Sintomas
Os sinais do linfoma são variados e com manifestações físicas aparentes, como o surgimento de ínguas endurecidas, e geralmente indolores, no pescoço, axilas e virilha.
A médica hematologista e hemoterapeuta da Oncoradium, responsável pelo serviço de tratamento contra o câncer no Hospital Regional de Araguaína, Wacilla Batich Abdalla Barbosa, lembra que existem outras doenças mais comuns que podem levar ao aumento dos gânglios linfáticos, como quadros de infecção.
“Por isso é fundamental procurar um especialista caso os gânglios permaneçam por um longo período, principalmente se forem relacionados ao cansaço persistente, perda de peso, febre e suor excessivo. Coceira na pele, desconforto respiratório e no abdômen também podem acontecer”, pontua.
O sistema linfático é responsável pela remoção dos fluídos corporais e a defesa do organismo.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico do linfoma é feito por meio da biópsia na região afetada. É retirada uma pequena parte ou de todo o linfonodo para exames patológicos para confirmação do diagnóstico.
“A doença é classificada de acordo com o tipo de linfoma e o estágio em que se encontra. A maioria desses linfomas é tratada com quimioterapia, associação de imunoterapia e quimioterapia ou radioterapia. Tudo vai depender do tipo de Linfoma e da avaliação do estado inicial do tumor”, detalha Dra. Wacilla.
A duração do tratamento também dependerá do estadiamento inicial e do subtipo. As chances de cura são altas, até 80%, quando descoberto em fase inicial. Por isso, é fundamental procurar atendimento médico quando os sintomas são notados.