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Saúde

Médicos e enfermeiros que atuam nos Centros de Saúde da Comunidade participam de uma capacitação em ‘Atendimento Antirrábico Humano’, ofertado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus). O curso acontece nesta quarta-feira, 28, no Instituto 20 de Maio, tendo como facilitadora a médica veterinária Iza Alencar, responsável pela Assessoria de Zoonoses e Animais Peçonhentos da Secretaria Estadual de Saúde.

De acordo com a coordenadora técnica de Doenças Vetoriais e Zoonoses da Semus, Nábia Souza, desde março deste ano, a Semus, em parceria com a Sesau e a Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec), capacitou mais de 130 pessoas entre agentes comunitários de saúde, agentes de combate a endemias, médicos veterinários e biólogos.

A coordenadora ressalta que a porta de entrada para os serviços de saúde são os Centros de Saúde da Comunidade, daí a necessidade de alinhar condutas de atendimento. “O primeiro atendimento é realizado na unidade, então é importante, que o profissional saiba como agir diante de cada caso. Dentro do atendimento antirrábico tem que ver o caso, se é por morcego é uma conduta, tem um manejo diferente. O que faço diante de um caso que foi agredido por um cão errante que não tem dono? O que faço quando o cão tem dono, eu consigo monitorar? Para cada caso é uma conduta e isso deve ser alinhado”, reforça.

O médico e preceptor da Residência de Medicina de Família e Comunidade no CSC da Arno 44, Ricardo Milhomem, fala da importância do curso para a atuação dos profissionais no dia a dia na unidade. “São assuntos que a gente não vê com tanta frequência, mas que tem uma grande gravidade quando acontecem. Um acidente com ferimento por morcego, cachorro ou gato que estão contaminados com o vírus da raiva, por exemplo, ele tem a tendência a se tornar muito grave, devido à grande letalidade da doença”, ressaltou, acrescentando que neste ano, a unidade em que trabalha registrou um caso em humanos, mas o paciente procurou atendimento rápido, fez o tratamento e está bem.

Atendimento

Os médicos da Atenção Primária estão habilitados a realizar o primeiro atendimento em caso de agressões por animais potencialmente transmissores da raiva, como, por exemplo, gatos, cães e morcegos, e prescrever os esquemas antirrábicos adequados, bem como os encaminhamentos às Unidades de Pronto Atendimento (Upas Norte e Sul) para administração de soro e vacinas, e procedimentos que requeiram um nível mais elevado de atenção.

Os pacientes também são monitorados pela Área Técnica de Atendimento Antirrábico Humano da Semus até o encerramento dos casos junto ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde.