Desde o último dia 26 de agosto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou em todo o Brasil a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) que investiga a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis e quantifica a população com incapacidades físicas, entre outros indicadores. Palmas está entre os dois mil municípios brasileiros que serão avaliados na pesquisa; em todo o Tocantins 58 cidades participam, o que equivale a 2.520 domicílios.
Na Capital, seis agentes de IBGE visitarão 860 domicílios. Em todo o País são 1.500 agentes com a missão de percorrer 108 mil domicílios. A coleta de dados segue até fevereiro de 2020 e a expectativa é de que os primeiros resultados sejam divulgados em 2021.
A pesquisa é realizada em convênio com o Ministério da Saúde e em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Em Palmas conta com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde.
Os agentes do IBGE também coletarão outros indicadores importantes relativos ao estilo de vida (sedentarismo, tabagismo, dieta, consumo de álcool) e à saúde bucal. Além de investigar se os moradores sofreram algum tipo de violência, monitorando a realização de exames preventivos, além de avaliar a percepção da população sobre o Sistema Único de Saúde (SUS). Dados antropométricos (peso e altura) de um dos moradores dos domicílios visitados, também serão coletados para detectar a incidência de obesidade e estabelecer as medianas de peso e altura da população.
“São informações muito importantes que vão subsidiar as políticas públicas de promoção, vigilância e atenção à saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde. Então, é fundamental que os moradores dos domicílios visitados respondam aos questionamentos que resultará em investimentos de acordo com as reais necessidades da população”, ressalta o secretário de Saúde de Palmas, Daniel Borini.
Sobre a pesquisa
A PNS foi a campo pela primeira vez em 2013, e divulgou os resultados, entre dezembro de 2014 e junho de 2016. A PNS 2013 mostrou, por exemplo, que entre a população com 18 anos ou mais de idade, 14,5% fumavam cigarro e 24,0% ingeriam bebida alcoólica pelos menos uma vez por semana. Entre as mulheres que tiveram filho no período de referência da pesquisa, 54,7% fizeram cesariana.
A obesidade acometia um em cada cinco adultos e esse percentual era mais alto entre as mulheres (24,4%) do que entre os homens (16,8%). A pesquisa também mostrou que 11,2 milhões de pessoas (ou 7,6% da população com 18 anos ou mais) foram diagnosticadas com depressão por um profissional de saúde mental. Ainda entre os adultos do país, segundo a PNS 2013, 21,4% eram hipertensos, 6,2% eram diabéticos e 12,5% apresentavam colesterol alto.
Esses e outros temas investigados em 2013 continuam a fazer parte da PNS 2019, permitindo uma avaliação de sua evolução ao longo dos últimos anos. Além disso, a PNS 2019 inclui novos temas, como paternidade, participação masculina no pré-natal, atividade sexual (questionário aplicado aos moradores maiores de 18 anos) e condições de trabalho para detectar condições insalubres no ambiente de trabalho, além de problemas de saúde relacionados.
É importante ressaltar que todas as informações coletadas pela PNS têm sua confidencialidade garantida pela lei do sigilo da informação estatística (Lei nº5534) e só podem ser utilizadas para fins estatísticos.
Os agentes de pesquisa do IBGE estarão identificados com crachá e usarão equipamento eletrônico de coleta de dados (computador de mão). Os moradores poderão confirmar a identidade do entrevistador em ligação telefônica gratuita para 0800-721-8181.