O Estado do Tocantins terá de qualificar 41.807 trabalhadores em ocupações industriais nos níveis superior, técnico, qualificação e aperfeiçoamento entre 2019 e 2023. Os dados são do Mapa do Trabalho Industrial, elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) para subsidiar a oferta de cursos da instituição. Essas ocupações têm em sua formação conhecimentos de base industrial e por isso são oferecidas pelo Senai, mas os profissionais podem atuar em qualquer setor da economia.
A demanda prevista pelo estudo inclui, em sua maioria, o aperfeiçoamento (formação continuada) de trabalhadores que já estão empregados. Em parcela menor (33%) estão aqueles que precisam de capacitação para ingressar no mercado de trabalho (formação inicial). Nesse grupo estão pessoas que vão ocupar tanto novas vagas quanto postos já existentes e que se tornam disponíveis devido a aposentadoria, entre outras razões.
Para a diretora regional do Senai, Márcia Rodrigues, o estudo permite uma atuação focada e extremamente estratégica para formação técnica de novos profissionais que a indústria do Tocantins necessitará, bem como para qualificação daqueles que já atuam no setor. Segundo ela, o Senai Tocantins está preparado para atender a demanda apontada pelo Mapa do Trabalho Industrial. “Além da expansão que fizemos, com inauguração de mais três unidades fixas, todos os nossos laboratórios são kits móveis que podemos deslocar para qualquer região do estado, para que nenhuma cidade fique desassistida”, destaca a diretora.
Além de subsidiar a oferta de cursos do Senai, o Mapa do Trabalho pode apoiar jovens na escolha da profissão e trabalhadores que desejam se recolocar no mercado. “O profissional qualificado de acordo com a necessidade do mundo de trabalho tem mais chances de manter o emprego e também pode conseguir uma nova oportunidade mais facilmente quando as vagas forem oferecidas”, afirma o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi.
As áreas que mais vão demandar a capacitação de profissionais com formação técnica no Tocantins são transversais: construção, energia e telecomunicações, eletroeletrônica e metalmecânica. Profissionais com qualificação transversal trabalham em qualquer segmento, como técnicos em eletrotécnica e técnicos de controle da produção.
Cursos técnicos têm carga horária entre 800 horas e 1.200 horas (1 ano e 6 meses) e são destinados a alunos matriculados ou egressos do ensino médio. Ao término, o estudante recebe um diploma.
Já os cursos de qualificação são indicados a jovens ou profissionais, com escolaridade variável de acordo com o exercício da ocupação, e buscam desenvolver novas competências e capacidades. Ao final, o aluno recebe um certificado de conclusão.