Com um número cada vez maior de dispositivos conectados e vulneráveis, tem crescido os ataques de ransomware que conseguem facilmente capturar informações dos usuários.
Em alguns países, como no Brasil, esse tipo de problema é cada vez mais frequente e um dos motivos é a falta de preocupação com a segurança, principalmente ao utilizar Wi-fis públicos sem contar com uma rede VPN (Rede Privada Virtual).
Um fato que comprova isso é um levantamento realizado pela empresa segurança Trend Micro. Ela aponta que o Brasil é o 2º colocado no ranking quando o assunto são ataques de ransomware, tendo 10,64% das ocorrências mundiais, e ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que obteve 11,06%.
Outros países também recebem destaque por estarem no topo da lista, sendo eles Índia, Vietnã e Turquia.
Quando esse tipo de ataque é enviado por e-mail, o Brasil fica em terceiro lugar, porém foram bloqueadas cerca de 2,5 milhões de tentativas, um número bastante elevado. Um único link enviado pelo correio eletrônico poderia afetar cerca de 12 usuários se não fosse barrado.
Outro ponto do levantamento que chama a atenção é que aumentou o valor dos resgastes pagos com esse tipo de ataque, que passou de US $ 6.733 no último trimestre de 2018 para US $ 12.762 no primeiro trimestre desse ano.
O que é um ataque de ransomware?
Um ataque de ransomware é um tipo de malware projetado para impedir que a pessoa possa utilizar o computador ou acessar os seus arquivos.
Ele infesta os dispositivos e criptografa os arquivos, exigindo que seja inserida uma chave para que se volte a ter acesso a eles. E para liberar a chave de acesso, os criminosos exigem que seja pago um resgate.
Os ransomwares estão cada vez mais sofisticados e sendo distribuídos de maneiras distintas, o que torna a sua detecção e bloqueio cada vez mais difíceis, e exige o uso do VPN com mais frequência para quem busca segurança.
Se antes eles eram distribuídos principalmente por meio de e-mails, agora já vêm em forma de phishing, softwares e aplicativos disfarçados.
Como proteger você ou sua empresa contra os ataques de ransomware?
Quem não deseja ter os arquivos criptografados ou apagados para ter que pagar resgates e nem sempre conseguir recuperar o que foi perdido, é preciso investir em segurança, sendo usuários individuais ou de empresas.
Conheça algumas maneiras de intensificar a proteção contra os ataques de ransomware:
· Obtenha antivírus, pois dessa forma conseguirá bloquear a entrada e ação de muitos desses malwares. Para isso é preciso manter o software atualizado.
· Tenha um backup, pois sabe-se que o ransomware criptografa os arquivos ou os apaga. Se tiver um backup, poderá recuperar o que deseja sem precisar pagar anda por isso. O ideal, nesse caso, é salvar as informações em um HD externo ou em nuvem.
· Não clique em nada que não confia, como os links enviados por e-mails não solicitados ou de procedência duvidosa. Ao fazer isso, poderá baixar um malware para o computador, por isso, prefira sempre digitar as URLs do que clicar em links.
· Use uma VPN para criptografar o seu tráfego na internet, pois isso protegerá as informações do usuário e da empresa, evitando que fiquem expostas e mais vulneráveis a roubo de senhas e outros tipos de ataques.
· Tome cuidado com o phishing, pois ele utiliza iscas para atrair as pessoas com o único objetivo de capturar informações e roubar senhas. Ele pode estar disfarçado em e-mails e até mesmo em sites, portanto, se observar uma promoção ou vantagem que pareça estranha, não caia na tentação.
· Mantenha todos os softwares dos dispositivos atualizados e não apenas o antivírus. Atualize o sistema operacional, navegador e demais programas, pois a cada nova versão são instaladas novas medidas de proteção.
· Se na pior das hipóteses o seu dispositivo for infectado, busque por ferramentas gratuitas que ajudem na recuperação dos arquivos e nunca veja o pagamento do resgate como uma opção porque muitas vezes os dados danificados não são recuperados.
Sabendo como se proteger dos ataques de ransomware, os seus arquivos não serão perdidos e nem terá que gastar dinheiro com resgates que nem sempre são efetivados. Além disso, adotar algumas das medidas de proteção acima pode fazer com que o Brasil caia no ranking dos países mais atacados.
