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Polí­tica

O Ministério Público do Estado Pará vai investigar as denúncias de casos de tortura e assassinatos em uma propriedade rural da família do ex-governador Marcelo Miranda (MDB) em São Félix do Xingu, região sul daquele estado.

As denúncias foram feitas pelo delator Alexandre Fleury à Polícia Federal e constam no pedido de prisão apresentado pelo Ministério Público Federal à justiça. O promotor de justiça responsável pelas investigações no Pará é Carlos Fernando Cruz da Silva. Ele requereu acesso integral à delação de Fleury para apurar o caso.

De acordo com a Procuradoria da República, Marcelo Miranda seria autor intelectual e mandante dos crimes que teriam sido cometidos no Pará.

Nesta sexta-feira, 11, a prisão de Marcelo Miranda completa 15 dias. Preso, o ex-governador completou 58 anos de vida nessa quinta-feira, 10. Três pedidos de liberdade de Miranda já foram negados. O primeiro foi ainda durante audiência de custódia na Justiça Federal na qual o juiz negou liberdade sob pagamento de fiança.

Mais recentemente, o ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou habeas corpus impetrado pela defesa do ex-governador. Um outro habeas corpus já havia sido ingressado no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) na semana seguinte à prisão de Miranda, e também foi negado.

Marcelo Miranda; o irmão, José Edmar Brito Miranda Júnior; e o pai de ambos, José Edmar Brito Miranda, foram presos no dia 26 de setembro por suspeita de corrupção  e lavagem de dinheiro.Com 85 anos, Brito Miranda foi o único que teve o direito de responder pelos crimes em liberdade após pagar fiança de quase R$ 200 mil.

Brito Miranda Júnior também continua preso em uma cela especial da Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP). A defesa de Marcelo Miranda ingressou com uma nova tentativa de soltura do ex-governador. Desta vez o advogado entrou com pedido de reconsideração no TRF1.