A Polícia Civil do Tocantins, por intermédio da 3ª Divisão Estadual de Investigações Criminais (DEIC), órgão vinculado à Diretoria de Repressão e Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), concluiu nesta quarta-feira, 23, mais uma etapa das investigações que apuram a suposta existência de funcionários fantasmas na extinta Secretaria de Governo do Tocantins.
As investigações começaram em novembro de 2018 e tem como objetivo apurar a existência de funcionários em órgãos públicos que recebiam seus salários sem prestar qualquer tipo de serviço ao Estado do Tocantins.
Nesta nova fase, a Polícia Civil efetuou o indiciamento de um indivíduo de iniciais F.B.S, de 31 anos de idade pelo crime de peculato, uma vez que ele teria sido contratado na data de 1º de março de 2018 para o ocupar o cargo de técnico em suporte e operação da superintendência de articulação política da antiga Secretaria Geral de Governo, com salário mensal de R$ 1.500 reais.
No entanto após a cassação do ex-governador Marcelo Miranda, F.B.S teve seu contrato de trabalho encerrado. Segundo as investigações, durante seu contrato de trabalho, o indiciado esteve em Palmas somente no dia de sua posse, retornando para Araguaína em seguida, local onde exercia a profissão de cabeleireiro.
Como sua jornada de trabalho era de 40h horas semanais e deveria ser cumprida na capital do Estado, restou comprovado que F.B.S se locupletou de dinheiro público, no total de R$ 16.660,65, provenientes de seus vencimentos.
O Inquérito Policial foi remetido nesta quarta-feira, 23, ao Poder Judiciário com pedido de ressarcimento do erário e consequente sequestro de bens em nome do indiciado.